Alexey Moiseev – o vice-ministro das Finanças da Rússia – disse que a Federação Russa não tem planos de impor uma repressão ao comércio de criptomoedas, como a China vem intensificando desde o início do ano.
“Ao mesmo tempo, os cidadãos podem comprar (criptomoedas) e usar carteiras fora da Federação Russa. Então vai continuar assim, eu acho. Não há planos para mudar alguma coisa. ”
No entanto, se os investidores locais operarem com ativos digitais dentro da Rússia, eles “estarão sujeitos a proibições por todo o futuro previsível” devido à soberania financeira do país, acrescentou Moiseev.
O Vice-Ministro referiu ainda que o governo não irá alterar a sua postura em relação aos ativos digitais como meio de pagamento, que continuarão sendo proibidos. Ao contrário da maioria dos políticos russos que criticaram a indústria de criptomoedas e tudo o que está relacionado a ela, Moiseev acredita que a tecnologia blockchain pode fazer parte da futura rede financeira.
“O blockchain obviamente ocupará seu próprio nicho e será usado onde direitos iguais forem necessários.”
Como tal, a abordagem da Rússia parece ser diferente da China, já que esta continua sua repressão nacional à indústria ao proibir todas as organizações locais de negociar com empresas de criptomoedas. Em contraste, as autoridades americanas também disseram que trabalharão no sentido de regulamentar os ativos digitais, em vez de proibi-los completamente.
A chefe do Banco Central da Rússia – Elvira Nabiullina – que disse que investir em ativos digitais é a estratégia de investimento mais perigosa. Seu colega – Sergey Shvetsov – foi ainda mais longe, afirmando que lidar com bitcoin equivale aos riscos de entrar em um campo minado.
O bilionário e fundador da maior fundação de caridade russa – Volnoe Delo – criticou a postura do Banco Central. Ele opinou que o país não deve renunciar ao bitcoin, mas adicioná-lo como forma de pagamento, dando um exemplo com El Salvador:
“Mesmo o pobre El Salvador percebeu a necessidade de moedas digitais e escolheu um caminho simples, reconhecendo o bitcoin como meio de pagamento.”
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