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Advogado de auxiliar do criador da GAS Consultoria é morto no Rio de Janeiro

Carlos Daniel Dias André, advogado, foi assassinado em Niterói, nesta terça, 31 de maio. O mesmo fazia a defesa de Daniel Aleixo Guimarães, que era braço direito do “Faraó do Bitcoin”, Glaidson Acácio dos Santos, criador da GAS Consultoria. Aleixo também é um dos acusados de ser responsável pelo homicídio de Wesley Pessano, um dos concorrentes de Glaidson.

O jornal O Globo anunciou a morte de Carlos Daniel. A notícia informa que, um homem em uma motocicleta passou pelo carro onde o advogado, que estava com o filho, e atirou duas vezes, em uma esquina do bairro Piratininga, Niterói.

Dias André era advogado de Daniel Aleixo, um dos onze réus que respondem pelo homicídio de Wesley Pessano. A vítima, em julho de 2021, foi morta a tiros dentro um Porsche, avaliado em R$ 400 mil. O Ministério Público entrou com pedido de julgamento, que foi acatado pela Justiça, passando a julgar onze pessoas por encomendarem o assassinato.

Glaidson, o “Faraó do Bitcoin”, criador da GAS Consultoria, seria o líder do grupo dos réus. A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma que o “Faraó” encomendou a morte de Pessano, como estratégia para eliminar a concorrência na captação de investidores. As pirâmides financeiras se proliferaram na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, e tinham como elemento básico, o bitcoin e criptomoedas como chamariz.

Um policial com um passado conturbado

A matéria do O Globo afirma que Carlos Daniel teria um passado conturbado, fazendo parte da Polícia Civil do Rio de Janeiro, antes de se tornar advogado.

Em 2021, enquanto policial, foi preso por escoltar bandidos em fuga, sendo um dos responsáveis pela saída de Anderson Rosa Mendonça, o Coelho, chefe do tráfico no Morro de São Carlos à época. E na Rocinha, por Sandro Luiz de Paula Amorim, o Peixe.

No ano seguinte, 2022, foi condenado a 12 e 4 meses por tráfico de drogas, posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e favorecimento pessoal. Dias André cumpriu sua pena e se formou em Direito prestando e passando no Exame da OAB enquanto ainda estava preso, em 2015. Passando então a exercer a advocacia como profissão.

Operação Kryptos

A Polícia Federal deflagrou, em 2021, a Operação Kryptos, com o intuito de investigar a fraude milionária de Glaidson, conhecido como o ”Faraó do Bitcoin”, através da GAS Consultoria. A empresa prometia rendimentos que viriam, supostamente, do trading com criptomoedas.

Com a operação foram apreendidos em posse de Glaidson: 591 bitcoins, vários carros de luxo e R$ 13 milhões em espécie.

Os advogados de defesa do “Faraó” já enviaram diversos pedidos de Habeas Corpus ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), após sua prisão. Todas as solicitações, até o momento, foram negadas, com o argumento de total legalidade na ação de prisão preventiva do réu.

Foi comprovado, através de investigação, que Glaidson planejava sua fuga do Brasil antes mesmo de sua prisão, e mesmo após sua detenção, continuou operando a GAS Consultoria.

Hoje o “Faraó do Bitcoin” é acusado de lavagem de dinheiro, crimes contra o Sistema Financeiro Nacional e participação em organização criminosa.

Tentativa de homicídio

O criador da GAS Consultoria também é réu por tentativa de homicídio. Glaidson Acácio é acusado de encomendar a morte de Nilson Alves da Silva, em março de 2021. Nilson ficou gravemente ferido, mas sobreviveu.

Em reportagem do jornal Folha de São Paulo, Nilson espalhou pela cidade de Cabo Frio (RJ) que o dono da GAS seria preso, motivando a encomenda de sua morte por Glaidson.

A concorrência entre ambos na captação do dinheiro foi o estopim para o atentado contra Nilson. “Nilsinho” como é conhecido, teria dito para tirarem o dinheiro da GAS Consultoria e investirem na empresa dele.

Um carro parou ao lado do veículo de Nilson durante o sinal fechado, no último dia 20. Quatro homens, supostamente contratados por Glaidson dispararam seis vezes contra o veículo. Nilsinho foi atingido, ficando paraplégico e cego por conta do atentado.

Segundo o portal G1, a polícia já possui os nomes dos executores do crime: Rodrigo Silva Moreira, Fabio Natan do Nascimento (FB), Chingler Lopes Lima e Rafael Marques Gregório.

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