O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), reavaliou a taxa básica de juros (Selic) no Brasil. O Copom decidiu por unanimidade aumentar a taxa Selic em 0,75 ponto porcentual, de 2% para 2,75% ao ano.
A alta já era esperada, contudo, veio antes do previsto. Segundo os especialistas do G1, novas altas possam ser anunciadas nas próximas reuniões do Copom. Um dos motivos para elevar a taxa seria a inflação e a crise no câmbio, com a alta do dólar.
A inflação no Brasil deve piorar e deixar o Real mais fraco neste ano. Além da alta do dólar, que está acima de R$5,30 desde janeiro. No momento da escrita deste artigo, o dólar estava em R$5,57.
O IBGE calculou o IPCA, um dos índices que mede a inflação, de fevereiro em 0,86%, o maior registrado nesse mês desde 2016. A inflação está piorando, com altas nos alimentos e nos combustíveis.
A alta de juros serve para buscar favorecer a valorização do real perante o dólar. Entretanto, ainda não está claro, se o Copom pretende elevar ainda mais a taxa Selic neste ano. A decisão depende da inflação, e das variáveis que impactam a economia.
De acordo com o Beincrypto, a consequência da alta da Selic, visa impactar os ativos dolarizados que poderiam cair de preço, como o caso do Bitcoin (BTC).
Bitcoin pode ser afetado pela alta da Selic?
Contudo, o CEO da fintech Alter, Vinícius Frias, disse ao Beincrypto, que a alta da taxa Selic, não afetará o mercado de criptomoedas nacional.
“O mercado cripto é totalmente global e é influenciado puramente por fatores externos, o Brasil não tem força para puxar algum impacto sozinho”, declara Vinícius.
Contudo, já o co-CEO da exchange brasileira Foxbit, Ricardo Dantas, acredita que a alta não influenciará o bitcoin. “Para o mercado de criptomoedas estamos em um momento de volatilidade tão alta que não seria a Selic que afastaria o investidor do cenário”.
A expectativa de alta para a principal criptomoeda do mercado, BTC, vai muito além. Michael Novogratz, ex-gerente de fundos de hedge e fundador da Galaxy Digital, acredita que o bitcoin vai atingir US$100.000.
Por fim, para Michael, a adoção institucional fará o preço do BTC atingir novas máximas históricas. “Todas as empresas dos EUA vão comprar BTC”, declara Novogratz.