Ícone do site Criptonizando

Analista: The Merge é mais arriscado do que os traders acreditam

Sem dúvidas, a chegada do Ethereum 2.0 é uma das maiores atualizações do mercado blockchain. Com o The Merge prestes a ser visto pela comunidade da principal altcoin por capitalização, vemos o preço do ETH passar por uma alta de 3% nos últimos sete dias, mesmo com os demais ativos corrigindo. 

No entanto, esse crescimento não mostrou, de fato, um aumento significativo no preço total da criptomoeda. Como resultado da oscilação do Ethereum a US$1.500, vemos que o ETH bloqueado nas finanças descentralizadas perdeu quase US$3 bilhões em poucos dias. 

De acordo com os dados do DeFiLlama, em 1º de agosto, o Ethereum TVL era de US$37,32 bilhões. Já no final do mesmo mês, essa marca chegou a  US$34,36 bilhões.

Já analisando a chegada do The Merge, programada para ocorrer no dia 15 de setembro, veremos a opinião do CEO da BKCM. Brian Kelly, ao falar no episódio do Fast Money da CNBC, mostrou perspectivas negativas em relação ao ETH. 

Segundo Kelly, pela primeira vez, os investidores do Ethereum podem não estar ganhando com negociações lucrativas quanto o esperado devido ao mecanismo de inflação da principal altcoin.

“Eu acho que provavelmente é mais ‘vender as notícias’, o que talvez não seja tão intuitivo porque em criptomoedas você geralmente quer comprar as notícias. Mas todo mundo está comprando Ethereum porque está entrando nessa fusão e agora você obterá o chamado rendimento”.

Contudo, Kelly informou que esse rendimento não é verdadeiro. O empresário observou que os investidores estão apenas recebendo suas recompensas de inflação de volta. Ou seja, a queima está compensando a inflação na criptomoeda. 

Depois do The Merge, Ethereum pode passar por uma forte correção

A expectativa de Kelly é que, logo após o calor do The Merge, o mercado verá uma queda nos preços do Ethereum. Além disso, o mesmo alerta para possibilidade de confusão ou falha total da atualização que poderia afetar negativamente o preço do ativo blockchain. 

“Você também pode ter uma falha técnica. Não apenas isso, mas há muitas perguntas sobre o que os aplicativos farão se o Ethereum se dividir novamente. Você poderia ter um fork corrente e agora não um, mas dois ou três Ethereums diferentes. Então, o que seu dApp irá reproduzir? Acho que há mais risco para a fusão do Ethereum do que as pessoas estão dando crédito”. 

Analista comenta a economia mundial

Kelly também comentou sobre a correlação dos criptoativos com o setor de ações de tecnologia. Nesse sentido, destacou as diferenças entre as principais criptomoedas do mercado. 

Conforme observado pelo empresário, a ligação entre esses dois mundos tem sido alta. Enquanto o bitcoin possui uma correlação em torno de 60% com a Nasdaq, o Ethereum passou por uma de 70% nos últimos 30 dias.

“Acho que há algumas nuances aqui, pois o Bitcoin em si não é uma ação de tecnologia. É definitivamente uma moeda alternativa. É ouro digital. Você precisa dele quando seu país destrói sua moeda, como muitos governos estão fazendo hoje. O Ethereum, por outro lado, pode ser considerado uma ação de tecnologia, porque vai atrapalhar muito o que as ações de tecnologia estão fazendo hoje”.

Kelly crê que o Ethereum terá a capacidade de afastar usuários ativos diários de lugares como Twitter, Facebook e Google, pois o blockchain da altcon pode ser encarado como um “estoque de tecnologia”.

LEIA TABÉM: Fed planeja lançar um novo sistema de pagamento que pode reduzir o uso de criptomoedas nos EUA

Receba artigos sobre Bitcoin e Criptomoedas no seu email

*Obrigatório
Sair da versão mobile