Duas empresas, BitPreço e Ripio, deixaram a associação de corretoras de criptomoedas, ABCripto, após a denúncia contra a maior exchange do mercado Binance. A Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), está denunciando a Binance por sua atuação no Brasil.
A BitPreço, empresa de marketplace que conecta exchanges de criptomoedas, declarou ao InfoMoney, que por ser um marketplace, “tem excelentes parcerias comerciais com exchanges”. Isso inclui a Binance, Mercado Bitcoin e também a Foxbit.
As empresas Mercado Bitcoin e Foxbit fazem parte da ABCripto. A associação reúne empresas do setor de ativos digitais interessadas no desenvolvimento de um mercado cripto saudável e seguro no Brasil.
De acordo com o CEO da BitPreço, Ney Pimenta, “nosso modelo de negócios nos demanda neutralidade, sem a qual não poderíamos bem atender nossos parceiros e clientes. Portanto, para evitar parcialidades, a BitPreço desfiliou-se da ABCripto”.
Enquanto a Ripio, uma empresa argentina que atua como corretora e carteira para custódia dos ativos, anunciou que a decisão de sair da associação partiu da matriz na Argentina. “Após avaliar que a postura da ABCripto, neste caso, é diferente da visão mais inclusiva da Ripio”.
Além disso, a Ripio se mostrou disposta a colaborar com o mercado nacional “com todas as discussões em prol da construção de um mercado robusto e justo para empresas e usuários”.
ABCripto denuncia a exchange de criptomoedas Binance
A associação encaminhou no início do mês denúncias ao Banco Central do Brasil (Bacen), ao Ministério Público Federal (MPF) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) referentes a atuações “irregulares” da maior exchange de criptomoeda Binance, no Brasil.
Segundo o comunicado oficial enviado ao Criptonizando, a ABCripto informou que tem acompanhado “de forma próxima e com preocupação o desenvolvimento de atividades, no Brasil, da empresa Binance Futures”.
Segundo a associação, a Binance não tem autorização para funcionar como instituição financeira e instituição de pagamento no país. A ABCripto pede que Bacen, MPF e CVM fiscalizem a corretora e seus supostos representantes legais.
Por fim, a ABCripto solicita que o MPF adote medidas judiciais para evitar prejuízos ou obter ressarcimento de danos causados aos titulares de valores mobiliários e aos investidores do mercado.
Reposta sobre a saída das empresas
Em resposta enviada ao Criptonizando a associação declarou:
Sobre as recentes saídas, a Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) informa que entende o posicionamento das empresas e que seguirá cumprindo seu papel de buscar condições justas de mercado, seja para associadas ou não.
A entidade é absolutamente a favor da livre concorrência e igualdade de condições, com um ambiente regulatório seguro e transparente para todos os agentes do mercado. Informa, ainda, que a BitBlue acaba de confirmar a sua associação a ABCripto.
Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto)