A Receita Federal do Brasil tem se dedicado na intensificação de suas operações para o combate ao contrabando na fronteira com o Paraguai nas últimas semanas através da Operação Escudo, o que levou a apreensão de mineradores de criptomoedas.
A Operação conta atualmente com mais de 70 servidores de todo o país na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR). A mesma está completando duas semanas de operações e ao todo, a Receita já apreendeu R$10 milhões de mercadorias.
A empreensão colaborou para impedir a entrada ilegal dos produtos no Brasil, e inclusive apreendeu equipamentos de mineração de criptomoedas. Os oficiais abordaram um casal de Caxias do Sul (RS). Eles viajavam em um Jeep Renegade com quatro mineradoras de criptomoedas.
Os dois disseram que o transporte consistia em apenas “computadores para manutenção”, mas se contradisseram durante o interrogatório. Cada mineradora tem como avaliação a margem de R$12 mil.
Paraguai é um grande alvo de mineradores
O Paraguai muitas vezes é visto pelos mineradores como um verdadeiro “paraíso da mineração”. O fato, inclusive, atrai a atenção das autoridades dos dois países. Em junho, o deputado paraguaio Carlitos Rajala se declarou a favor da mineração de criptomoedas usando como meio a hidrelétrica binacional de Itaipú, a maior da América Latina.
Mas não é só isso que tem chamado a atenção dos brasileiros para o país vizinho. A alta na conta de energia no Brasil também tem feito com que os mineradores busquem soluções mais baratas.
Com a maior crise hídrica dos últimos 90 anos e com as fornecedoras de energia atuando sob a bandeira vermelha, a mineração de Bitcoin no Brasil hoje é considerada “impraticável”.
Inclusive, este é um dos motivos pelos quais a Receita Federal tem ampliado sua atuação na fronteira entre Brasil e Paraguai. A Operação Escudo foi iniciada em agosto de 2020, a fim de combater o contrabando na fronteira do Brasil nos estados de Santa Catarina e Paraná. Entretanto, com tamanha necessidade, a mesma foi ganhando outras fases nos últimos 12 meses.
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