O Banco Central Europeu (BCE) tem tomado medidas recentes para combater a inflação no bloco econômico e esse tipo de decisão do BCE pode interferir diretamente no preço das criptomoedas.
A inflação global ganha novos episódios ao redor do mundo, principalmente na Zona do Euro. Conforme capítulo recente, o Euro, sua moeda fiduciária, teve o valor de sua cotação abaixo do dólar pela primeira vez em décadas.
O Banco Central Europeu anunciou um novo aumento da taxa de juros com a maior guinada na história da região. É importante apontar que, decisões como essa, que buscam controlar a inflação, podem trazer um impacto negativo para o mercado cripto.
A medida tomada pelo BCE resultou no aumento da taxa de juros para 75 pontos base.
Banco Central Europeu entra para o “Clube dos 75”
Para Steve Liesman, repórter do canal de TV CNBC, durante o programa Squawk Box, o BCE entrou para o “clube dos 75”.
Este nome foi dado para designar países que passaram a adotar políticas similares à da região do Euro. Ou seja, buscam controlar a situação financeira de suas economias.
“O BCE acaba de aumentar as taxas em 75 pontos base, a maior alta da história.
‘É cada banco por si’, diz @steveliesman.”
Igualmente, Liesman falou sobre alguns dos problemas relacionados à economia do bloco europeu. Entre eles estão: a crise de energia e a falta de gás natural vindo da Rússia.
Durante a conversa, o repórter evidencia que o governo pode acabar subsidiando o gás para a população. Esta situação pode se tornar mais um fator para outra reação inflacionária no futuro.
Assim com, em outro continente, desde o início deste ano, entre o começo de maio até meados de junho, vimos o Federal Reserve dos EUA tomar medidas semelhantes. Afinal, sua atitude levou ao aumento da taxa de juros americana em meio ponto percentual, e depois, novamente, para 75 pontos base.
Esses foram os maiores aumentos em períodos de mais de 2 décadas registrados recentemente na economia americana.
E as criptomoedas?
Conforme visto, o BC tomou uma medida agora, na segunda metade de 2022, parecida com a do Fed na primeira metade deste ano. De acordo com esse histórico, podemos avaliar que o mercado de criptomoedas pode sofrer com variações e quedas substanciais.
O que podemos ver é que, desde a decisão do Fed nos EUA, o bitcoin (BTC) sofre para conseguir recuperar seus preços e peleja para se manter acima dos US$20 mil. Contudo, não é possível confirmar que essa manobra econômica é a causa da extensão do período de queda, mas ela é, no mínimo, uma forte barreira para o BTC alavancar.
A preocupação com a inflação e a dificuldade geral de equilibrar as contas em períodos assim afastam os investidores de ativos mais arriscados e até mesmo ações.
Nesse sentido, desde o começo de 2022, o mercado observou que tanto as ações quanto as criptomoedas caminharam “juntos”. Esse fator demonstra uma correlação entre os dois setores, algo não benéfico para o bitcoin.
No passado, sempre que o Fed tomou decisões similares, o criptoativo sentiu uma queda. No segundo ajuste de taxas do Fed em junho, a criptomoeda primária caiu de US$22,5 mil para US$17,7 mil.
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