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Banco da Inglaterra bloqueia US$ 1,8 bilhão em ouro do governo da Venezuela

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Imagem: Reprodução.

O status do estoque de ouro venezuelano guardado nos cofres do Banco da Inglaterra em Londres é incerto após a dissolução do governo interino do país. 

As 31 toneladas de ouro (1,02 milhão de onças troy), avaliadas em mais de US$ 1,85 bilhão, foram disputadas pelos dois governos do país, um presidido por Nicolás Maduro e outro pelo presidente interino Juan Guaidó, que integrou um governo provisório em 2019, após contestar a legalidade da votação presidencial.

Embora os tribunais do Reino Unido tenham decidido a favor de Guaidó em julho, a dissolução do governo executada em uma sessão da Assembleia Legislativa eleita em 2015 lança dúvidas sobre o possível futuro desse ouro e de outras propriedades venezuelanas offshore.

O deputado Freddy Guevara insinuou essa possibilidade durante a sessão:

“Não houve consulta prévia à comunidade internacional sobre o reconhecimento desta reforma. Eles nos disseram claramente no exterior que, com essa reforma, a proteção do patrimônio estrangeiro não está garantida. Como é possível dar um salto no vazio?”

No total, 72 deputados votaram pela desintegração do governo interino, enquanto 29 foram contra essa medida, e oito deputados se abstiveram.

Enquanto o governo interino foi dissolvido, a Assembleia Legislativa paralela constituiu uma Diretoria e Proteção Patrimonial, que teria a função de salvaguardar e organizar as propriedades e empresas venezuelanas no exterior. 

A mesa, que será integrada por cinco membros, terá amplos poderes para tratar dessas atribuições, respaldada pela legalidade da assembleia.

No entanto, essa estrutura é nova e não figura em nenhum dos 52 julgamentos ao redor do mundo onde há mais de US$ 40 bilhões em disputa entre os dois governos. 

O deputado Juan Miguel Matheus criticou a ideia, afirmando que esses bens não estavam em perigo porque estavam sob custódia de governos que apoiam a “luta democrática” que o povo venezuelano está travando atualmente.

Isso, no entanto, trouxe fortes críticas de outros deputados, que argumentaram que o governo interino era a única garantia de recuperação desses ativos devido ao reconhecimento internacional que Guaidó tinha.

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