Os principais bancos portugueses começaram a fechar ou se recusar a abrir contas para plataformas de criptomoedas, como exchanges, de acordo com relatos da mídia.
Na semana passada, o maior banco listado do país, o Banco Comercial Português, e outra grande instituição, o Banco Santander, fecharam todas as contas da Criptoloja, com sede em Lisboa.
O desenvolvimento segue a decisão de dois bancos menores de fechar as contas da plataforma.
Nenhuma explicação oficial foi fornecida em nenhum desses casos, enfatizou o CEO da Criptoloja.
Enquanto isso, o banco estatal Caixa Geral de Depósitos e o BiG, com sede em Lisboa, também começaram a rejeitar ou fechar contas de exchanges de criptomoedas, divulgou o Jornal de Negócios esta semana.
Pelo menos dois outros corretores de criptomoedas foram atingidos pelo fechamento de contas bancárias este ano, observa o relatório.
A Mind the Coin não consegue abrir uma conta há meses, e a rival Luso Digital Assets teve algumas de suas contas encerradas, reclamaram seus executivos.
As regras de combate à lavagem de dinheiro e conheça seu cliente são frequentemente as principais razões citadas pelos credores que se recusam a trabalhar com empresas de criptomoedas.
O Banco Comercial explicou que está obrigado a comunicar transações suspeitas que possam levar à cessação dos serviços bancários para algumas entidades.
O Banco Santander atua “de acordo com sua percepção de risco”, disse um representante.
“Agora temos que contar com o uso de contas fora de Portugal para administrar a bolsa”, admitiu o fundador da Criptoloja, Pedro Borges.
Isso está ocorrendo apesar da exchange ter se tornado a primeira a obter uma licença do banco central no ano passado.
A Criptoloja sempre informou as autoridades sobre operações suspeitas e seguiu todos os procedimentos de compliance, ressaltou.
Pedro Guimarães, da Mind the Coin, acrescentou:
“Embora não haja uma explicação oficial, alguns bancos apenas nos dizem que não querem trabalhar com empresas de criptomoedas.
É quase impossível iniciar um negócio de criptomoedas em Portugal agora.”
Três em cada cinco plataformas de negociação ativos digitais autorizadas pelo Banco de Portugal tiveram as suas contas encerradas este ano.
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