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BCE quer proibir a mineração de Bitcoin na Europa

O Banco Central Europeu (BCE) publicou um relatório na última segunda-feira (11), em que aponta os “riscos financeiros dos criptoativos“.

Assim, o órgão sugeriu uma série de medidas, endereçadas à rede bancária global, para que ela possa evitar os tais “riscos”.

De acordo com o texto, essas medidas para se evitar perdas financeiras precisam de implementação urgentemente.

No entanto, ao que parece, a principal preocupação do BCE com as criptomoedas é em relação à questão ambiental.

O problema seria o consumo excessivo de energia por parte da mineração de criptomoedas que usam o mecanismo de consenso Proof-of-Work, como o Bitcoin.

Nesse sentido, o relatório traz um estudo que compara a mineração de criptomoedas com o uso de automóveis que se utilizam de combustíveis fósseis.

Segundo o estudo, a mesma pressão que existe para que se deixe de produzir veículos assim deveria ser empregada contra a mineração de criptomoedas.

“Autoridades públicas têm a chance de incentivar a versão do carro elétrico das criptomoedas ou então de restringir ou banir a versão do carro à combustível do criptomercado”, diz o relatório do BCE.

O documento também afirma que o consumo de energia empregado na mineração de Bitcoin e Ethereum é similar a de países como Espanha, Holanda ou Áustria.

O relatório ainda diz que a União Europeia não avançará com a restrição aos carros movidos a combustível fóssil se também não tomar medidas contra criptomoedas de prova de trabalho.

Projeto de Lei regulatório

Está em tramitação no Parlamento Europeu um novo projeto de lei chamado de Market In Crypto-Assets (MiCA).

O relatório publicado nesta semana seria o terceiro em que o órgão pede aos membros da União Europeia que aprovem o MiCA.

De acordo com esses relatórios, o projeto de lei precisa de aprovação “urgente” para o bem da proteção ambiental.

O projeto, após aprovação, será uma lei com vigência na Zona do Euro.

O Market In Crypto-Assets também exige que empresas que emitem stablecoins sejam transparentes, comprovando suas reservas de forma pública.

Segundo o BCE, embora as stablecoins tenham se tornado uma parte importante da indústria de criptomoedas, houveram casos catastróficos envolvendo esse tipo de criptoativo.

“Desenvolvimentos recentes mostram que as stablecoins são tudo, menos estáveis, como exemplificado pela queda do TerraUSD e a desvinculação temporária do Tether”, constatou o relatório.


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