Em uma onda nos últimos meses, diversos bilionários têm mudado seu posicionamento a respeito do Bitcoin (BTC) e começado a investir na criptomoeda. Você sabe o motivo?
Depois da declaração do bilionário Paul Tudor Jones, que afirmou que o BTC “é como investir cedo na Apple ou Google”, foi a vez de Stanley Freeman Druckenmiller apostar no ativo.
O investidor bilionário de 67 anos costumava ser um cético do bitcoin até junho deste ano, e agora adicionou a moeda ao seu portfólio.
Druckenmiller disse que está investindo em ouro e Bitcoin, pois acredita que ambos são boas maneiras de se proteger contra a inflação.
Ele acredita que o bitcoin pode ser uma aposta ainda melhor que o ouro, pois “é mais fina, mais ilíquida e tem mais beta (potencial risco-retorno)”
Estes não são os únicos bilionários que decidiram apostar suas fichas no BTC, e o comportamento não tem um só motivo:
Bitcoin sendo visto como “o novo ouro”
Com uma capitalização de mercado estimada em cerca de US$ 9 trilhões, o ouro é tido como uma importante reserva de valor para os investidores e um ativo de proteção contra a inflação e contra uma potencial queda do mercado.
Contudo, ativos considerados como portos-seguros não costumam render grandes lucros no curto a médio prazo, mas o Bitcoin pode cobrir os dois lados da moeda, apontou o Cointelegraph.
O criptoativo já é considerado por alguns investidores como o “ouro digital”, e conta com uma capitalização de mercado de US$ 285 bilhões atualmente.
Grande potencial de risco para recompensa
Druckenmiller, durante sua entrevista, disse que possui “muito mais ouro do que Bitcoin”, mas enfatizou que se o ouro valorizar, o BTC também verá uma forte alta e “provavelmente funcionará melhor”.
A criptomoeda tem um grande potencial de valorização, maior que o ouro, por ser “mais fina” e “mais ilíquida”, segundo o investidor.
Inflação
Assim como o ouro, o preço do Bitcoin é frequentemente correlacionado inversamente com o índice do dólar americano.
Dessa forma, quando o dólar cai, o BTC tende a subir, e investidores como Tudor Jones consideram o ativo “um jogo de inflação ideal”. Além disso, a moeda é deflacionária e considerada pelo CEO da MicroStrategy como “o melhor dinheiro já criado”.
Diversificação de portfólio
O Bitcoin tem um histórico de bom desempenho como ativo de portfólio, gerando bons retornos para uma carteira equilibrada com base em ações.
Em outras palavras, o ativo não precisa ser isolado na carteira do investidor, podendo ser combinado com outras formas de investimento, o que torna a moeda cada vez mais atrativa para gestores de dinheiro.
Segundo Dan Tapiero, cofundador da 10T Holdings:
“Apenas 3% da posição BTC nos últimos 5 anos teria melhorado o desempenho de uma carteira 60/40 de 6,8% para 10,2%”, disse o macro investidor.