Os usuários assíduos do Twitter tiveram uma grande surpresa ao descobrirem ter um perfil em uma nova rede social: a BitCloud. Loucura? Pode até ser, afinal não foi preciso sequer ter acessado a plataforma para contar com um perfil na mesma.
O principal objetivo da BitCloud é misturar as especulações sobre criptomoedas com conteúdos relevantes sobre o assunto. Entretanto, BitCloud não é uma rede social, mas sim um blockchain projetado para rodar mídias sociais.
O mesmo foi criado por um grupo anônimo e seus apoiadores contam, em sua carteira, com o token BTCLT. Entretanto, ter um perfil em uma rede social sem ao menos ter a acessado não tem agradado os usuários.
Sobre o BitCloud
BitClout é uma mídia social baseada em blockchain. Ela gera tokens sociais que representam pessoas reais. Esses tokens sociais são controlados por market makers (formadores de mercado) automatizados.
Para fazer qualquer coisa na plataforma, os usuários precisam ter BTCLT em mãos. Entretanto, para realmente ter este token é preciso adicionar Bitcoins à plataforma. Assim, os usuários podem enviar seu BTC para a BitClout e converter para BTCLT. Contudo, caso mudem de ideia, não poderão trocá-lo de volta para BTC.
Este fato tem trazido muitas críticas. Isso porque ainda não se pode vender BTCLT. Ou seja, você aposta uma criptomoeda rentável e que realmente vale dinheiro em outra e depois não poderá ter retorno algum com isso.
Entretanto, Diamondhands (nome usado pelo fundador) disse que a plataforma aceita listagens de troca e pontes para outras blockchains. Além disso, garante trocas entre seus investidores e espera que as listagens cheguem em breve.
“Para mim, é apenas uma questão de tempo até que todos vejam onde está o lado certo da história”, disse Diamondhands.
Sobre o token
De acordo com Diamondhands, 2 milhões de tokens BTCLT já estão à disposição para fundadores e investidores. Entretanto, não há limite de fornecimento do BTCLT, explicou ele.
Mas é provável que o custo das novas emissões se torne tão alto em algum ponto que não se espera mais de 19 milhões de tokens.
Para convencer a todos de que este não é um projeto ruim e funcionará com o BTC colocado no sistema, a BitClout buscou o apoio de grandes investidores em criptografia.
Na lista de investidores encontramos grandes nomes, como Sequoia, Andreessen Horowitz, Social Capital, TQ Ventures, Coinbase Ventures, Winklevoss Capital, Arrington Capital, Polychain, Pantera, Digital Currency Group (controladora da CoinDesk), Huobi, Variant e outros.
Como fazer parte da BitCloud?
Um usuário não precisa estar no Twitter para criar uma conta, mas para ativar uma conta reservada, o usuário precisa twittar seu endereço BitClout. Isso verifica os proprietários legítimos, disse Diamondhands. Mas, cá entre nós, o fato também gera uma certa publicidade à rede.
Enfim, depois que uma conta é ativada, seu proprietário pode definir uma espécie de imposto sobre as novas emissões de tokens, se assim desejar. Portanto, cada vez que alguém faz uma compra do seu token, uma parte desse valor vai para a pessoa que o token representa.
Celebridades e vários nomes importantes do mundo das criptos descobriram que eles têm uma certa quantidade de seus tokens reservados para eles agora. O valor considera o número de seguidores de cada pessoa, de acordo com Diamondhands. Até o momento, existem cerca de 15.000 contas pré-carregadas, todas baseadas no Twitter.
Até o momento, é necessário o convite de um usuário para acessar o site, mas Diamondhands disse que isso mudará em breve. Além disso, um usuário não precisa emparelhar sua conta com uma conta do Twitter. Na verdade, se alguém quiser permanecer anônimo e apenas comprar os tokens de outras pessoas, também pode fazer isso.
“O mais incrível do BitClout é que ele permite que você seja totalmente anônimo, o que a maioria das plataformas em geral nem mesmo permite”, disse Diamondhands.