Bitcoin é imperativo moral

Entenda por que o Bitcoin (BTC) é não somente um ativo superior do ponto de vista técnico e econômico, mas também de uma perspectiva moral.

Michael Saylor, CEO da MicroStrategy, se tornou uma das principais figuras da comunidade Bitcoin (BTC) nos últimos anos. A sua companhia, a maior empresa de inteligência de negócios do mundo, adotou o cripto-ativo como estratégia primária de tesouraria.

A MicroStrategy, ao longo de 2020, converteu mais de US$ 500 milhões do seu caixa em BTC e aproveitou o custo de oportunidade da moeda fraca, o dólar americano, para alavancar a juros baixos. Como consequência, a empresa possui agora +125 mil bitcoins, o maior estoque corporativo de btc do mundo.

Imperativo moral

Em diversas oportunidades, Saylor afirmou que o Bitcoin é não somente um ativo superior do ponto de vista técnico e econômico, mas também um imperativo moral. Mas por quê?

O sistema monetário mundial foi a base de uma série de acontecimentos históricos que impactaram toda a humanidade nos últimos séculos. 

Apesar de muitos historiadores apontarem para diferentes fatores que explicam a queda de Roma, como a invasão dos bárbaros, ou a tirania dos seus imperadores, o fator primordial que permitiu o enfraquecimento do Império foi a diluição da moeda com a diminuição da pureza da liga metálica.

O padrão de riqueza no auge de Roma só foi alcançado muitos séculos depois na Europa Renascentista. Como afinal, o maior e mais rico império da humanidade conseguiu ser invadido por povos bárbaros?

Acontece que os bárbaros já haviam trabalhado para Roma como mercenários, quando o dinheiro do Império era ainda valioso. A queda da moeda de impérios já aconteceu diversas vezes na história, e está se repetindo novamente com o padrão fiduciário.

Com poucas variações, impérios se erguem, acumulam poder, riqueza, melhoram a cultura, o ordenamento jurídico e permitem o comércio e prosperidade do seu povo. Com o passar dos séculos, tornam-se perdulários, gastadores e inconsequentes. Normalmente, este fator é atribuído ao fato de governos serem monopólios por definição.

Ao gastarem mais do que arrecadam, recorrem a mais impostos, endividamento e diluição da moeda, seja através da criação de dinheiro digital, como é feito hoje, ou diluído a liga metálica de moedas físicas, como foi feito por Roma.

Isso, na prática, é uma transferência de riqueza quase sem limites da população para o governo e para as pessoas e instituições próximas ao emissor da moeda.

Em certo momento, isto se torna insustentável e começa a gerar revolta na população, que vai se tornando progressivamente mais pobre por conta do seu governo.

Sistema fiduciário

A possibilidade de governos emitirem indiscriminadamente mais moeda foi um dos principais fatores que impulsionaram a Primeira Guerra Mundial. Um claro exemplo disso foi a hiperinflação de Weimar, atual Alemanha.

Certamente, nenhum civil racional gastaria tantos recursos para financiar uma atividade tão improdutiva quanto a guerra. Governos têm incentivo para financiar a guerra pois não precisam arcar diretamente com os seus custos, que são jogados para a população. 

Ao mesmo tempo, muitos estados conseguem crescer o seu tamanho e poder durante a guerra, como está fazendo a Rússia, impondo restrições a sua população, e a Ucrânia, que impediu a saída de homens do país.

O dinheiro fiduciário foi o que principalmente financiou as guerras do século XX, bem como dezenas de crises inflacionárias e financeiras, uma vez que dão quase que controle absoluto para o estado, que pode não somente inflar a moeda, mas controlar o juros e se endividar de maneira inconsequente, comprometendo as gerações futuras.

Bitcoin – Plano B

A rigidez imposta pelo Padrão Ouro não pôde durar muito tempo em um mundo de estados nacionais soberanos, que não precisam realmente prestar contas a ninguém. A consequência final desse sistema foi a quebra do acordo de Bretton Woods em 1971.

Agora, um novo padrão monetário, o Padrão Bitcoin, parece estar se estabelecendo na economia mundial. O cripto-ativo alcançou em 2021 a marca de US$ 1 trilhão, cerca de 10% da capitalização de mercado estimada do ouro, um enorme feito para um ativo com apenas 13 anos de história.

A ampla adoção do Padrão BTC tende a reestruturar as bases de uma economia sólida, bem como, deve impactar todas as camadas do tecido social. Esta mudança pode ser tão profunda que a criação do Bitcoin pode ser um marco da história da humanidade, assim como a Revolução Industrial.

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Bitcoin é Imperativo Moral, pois não pode financiar a guerra, conflitos e imoralidades sem o livre consentimento das pessoas. Ninguém pode confiscar o seu bitcoin. Ninguém pode inflacionar o seu bitcoin. 

Investir no sistema fiduciário é financiar a guerra, conflitos e imoralidades.

Leia mais: Lugano, na Suíça, segue El Salvador e adota Bitcoin como moeda legal

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As informações contidas neste artigo são de caráter informativo e refletem a opinião do autor. Não constituem aconselhamento financeiro, jurídico ou de investimento. O mercado de criptomoedas é volátil e envolve riscos. Faça sua própria pesquisa antes de tomar qualquer decisão.

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