O colapso da FTX continua a impactar o mercado, com a exchange BlockFi de Nova Jersey – resgatada pela FTX em junho – notificando os clientes de que estará “limitando a atividade da plataforma”.
“Nós, como o resto do mundo, descobrimos essa situação através do Twitter”, escreveu BlockFi em uma carta postada no site de mídia social na quinta-feira.
“Estamos chocados e consternados com as notícias sobre FTX e Alameda.”
A BlockFi diz que, dada a falta de clareza sobre o status da FTX, FTX US e Alameda, “não podemos operar os negócios como de costume”.
Como resultado, a atividade da plataforma – incluindo saques – será limitada. A empresa também desencorajou os clientes a fazer depósitos em carteiras hospedadas e contas de juros.
Embora o BlockFi tenha prometido se comunicar com a maior frequência possível, reconheceu que será menos frequente do que seus clientes e partes interessadas estão acostumados.
“Este contrato de linha de crédito com a FTX fornece à BlockFi acesso a capital que reforça ainda mais nosso balanço patrimonial e a força da plataforma”.
O anúncio da BlockFi veio poucas horas depois que a agência de proteção financeira da Califórnia se tornou a entidade mais recente – atrás do Texas, Nova Jersey e da SEC – a abrir investigações sobre a FTX.
“Encorajamos os consumidores a estarem cientes dos riscos de investir em criptoativos voláteis”, escreveu o Departamento de Proteção Financeira e Inovação.
“Consumidores e investidores devem estar cientes de que os criptoativos são investimentos de alto risco e não devem esperar ser reembolsados por quaisquer perdas.”
A agência alertou os investidores que muitos provedores de criptoativos, incluindo FTX, podem não ter divulgado adequadamente os riscos que os clientes enfrentam quando depositam ativos nessas plataformas.
“Os provedores de ativos de criptomoedas não são regidos pelas mesmas regras e proteções que bancos e cooperativas de crédito, que precisam ter seguro de depósito”, disse a agência, acrescentando que leva muito a sério sua responsabilidade de supervisão.
“Esperamos que qualquer pessoa que ofereça títulos, empréstimos ou outros serviços financeiros na Califórnia cumpra nossas leis financeiras”, disseram eles.