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Bloomberg: preço do bitcoin está com desconto

Conforme observado nos últimos dias, o preço do bitcoin (BTC) voltou a subir, com a criptomoeda primária sendo trocada de mãos acima da marca de US$23.000, no momento da escrita do artigo. No entanto, os analistas da Bloomberg Intelligence acreditam que esse preço ainda está representando um desconto extremo. 

De acordo com a empresa de inteligência, ao lado dos títulos do tesouro americano, o BTC é um dos principais atores do mundo dos investimentos. A métrica utilizada para avaliar o principal criptoativo foi a média móvel de 200 semanas.

Em suma, essa métrica é um importante indicador da categoria dos rastreadores de tendência. Ela mede o valor médio do preço e do volume de determinado ativo. 

A média móvel é consagrada no mundo do trading cripto, pois no decorrer da história do BTC funcionou como um nível sólido de suporte para a criptomoeda. Ao utilizar a métrica, a Bloomberg apontou que julho representou o maior desconto da história do BTC. 

No entanto, o relatório aponta que no curto prazo devemos nos atentar ao preço do bitcoin. Isso porque as políticas econômicas do Federal Reserve (FED) podem impactar diretamente o preço do BTC. 

Só para exemplificar, em um cenário de um aumento significativo da taxa de juros, a capitalização do bitcoin pode passar por uma correção considerável, como temos visto nos últimos meses, com os mercados sendo movidos de acordo com o comando do Banco Central dos Estados Unidos. 

Mas não foi apenas o FED que fez o bitcoin corrigir…

Apesar do movimento dos EUA, fatores internos do mercado também colaboraram para a queda do bitcoin. Em maio deste ano (2022), por exemplo, o ecossistema da Terraform Labs entrou em colapso, com a stablecoin (USTC) e a criptomoeda (LUNC) do projeto perdendo muita capitalização. 

Na época, o BTC que começou o mês sendo negociado a US$37.000, terminou o mesmo sendo trocado de mãos a US$29.000, segundo os dados do CoinMarketCap. Isso representa uma correção de 21% em apenas 30 dias. 

Além disso, empresas de empréstimo do mercado blockchain ruíram. Um grande destaque nessa arena foi a Celsius. 

A plataforma entrou com pedido voluntário de proteção contra falência do Capítulo 11 exatamente um mês depois de suspender os saques e resgates dos usuários devido a uma crise de liquidez.

Voltando para o impacto do Federal Reserve, é válido destacar que o banco continua tentando controlar  a perda de poder de compra do dólar. Esse movimento afetou não só o mercado tradicional de ações, mas o bitcoin e demais ativos blockchain. 

A importância da média móvel 

Todos esses fatores resultaram em um BTC tocando a média móvel de 200 semanas, algo que aconteceu apenas sete vezes na história da criptomoeda. A última vez que a marca serviu como suporte para o bitcoin foi durante a queda do COVID-19 em março de 2020. 

No ano citado, o fechamento semanal ocorreu abaixo da média móvel de 200 semanas. Contudo, o BTC experimentou uma rápida recuperação, logo após o declínio, o que levou a criptomoeda primária passar por um salto após sete dias do ocorrido. 

“É anormal que o Bitcoin fique muito abaixo de sua média móvel de 200 semanas, e julho marcou o maior desconto de todos os tempos. Vemos risco vs recompensa inclinado favoravelmente para um dos maiores mercados em alta da história, potencialmente iniciando um renascimento após um recuo acentuado”, apontou o relatório da Bloomberg Intelligence.

De fato, a fala da Bloomberg mostra como a empresa está com pensamentos otimistas sobre o BTC e também relembra a história da criptomoeda. Desde a sua criação, o bitcoin marca caminhos de alta frente aos ativos do mercado tradicional. 

Sendo assim, qualquer movimento de queda pode ser visto como uma nova chance de entrar em um ativo que grandes investidores e empresas, como a MicroStrategy e Galaxy Digital, acreditam ser a representação do futuro do dinheiro. 

“O Bitcoin tem sido um dos ativos com melhor desempenho desde seu início, há cerca de uma década, e acreditamos que mais do mesmo está por vir”, aponta a Bloomberg. 

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