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Boa Noite Cinderela: Quadrilha utilizava apps de namoro para roubar criptomoedas

Uma quadrilha de criminosos que utilizava aplicativos de namoro em um golpe complexo para roubar criptomoedas foi interrompida no Rio de Janeiro. O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) deflagrou a Operação Medelín, que utilizava sedativos, também chamados de ‘Boa Noite Cinderela’, para dopar suas vítimas.

Golpe sofisticado

O golpe aplicado pela quadrilha, que contava com homens e mulheres, utilizava técnicas avançadas de engenharia social para roubar as criptomoedas. Inicialmente, eles conheciam as vítimas através de aplicativos de relacionamento e após isso descobriam se a pessoa era um potencial investidor do mercado de criptoativos.

Após isso, a quadrilha aplicava sedativos no investidor. Uma vez com o celular em mãos e com o dono das criptomoedas sedado, eles roubavam os ativos. Além disso, eles se preocupavam com a ofuscação das criptomoedas, de modo que não pudessem ser posteriormente identificados.

“Passando-se por entusiastas do mercado de ativos virtuais, em conversas aparentemente banais, os roubadores identificavam presas em potencial e marcavam encontro, oportunidade em que, após dopar o lesado, subtraíam seu telefone celular e, por meio dele, realizavam a transferência imediata de criptoativos para contas controladas pelo grupo.”

No entanto, o grupo pode ser identificado através do rastreio das criptomoedas. Aparentemente, eles não foram capaz de anonimizar completamente a origem dos ativos, conforme destaca nota do MPRJ:

“Ao longo da apuração, por meio de técnicas avançadas de rastreio de criptoativos, foi possível identificar os integrantes do grupo, alguns deles localizados em outros países, e desvendar as sofisticadas estratégias que utilizavam para selecionar e abordar as vítimas, assim como ocultar os ativos subtraídos.”

Apesar de não estar esclarecido, o grupo provavelmente utilizou técnicas de mixagem dos ativos, que podem ainda deixar rastro probabilísticos. Os mixers e coinjoins podem fornecer um alto grau de anonimato, a depender de alguns fatores, e podem anonimizar criptoativos em redes públicas, como Bitcoin e Ethereum. 

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