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Brasileiro que leva vida de luxo aplicando golpes envolvendo Bitcoin ao redor do mundo é investigado pela Polícia do DF

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Imagem: Reprodução/Instagram

Marlon Gonzalez Motta, um brasiliense de 23 anos que leva uma vida de luxo com viagens pelo mundo todo, carros importados e gastos milionários em baladas, está sendo investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal por ter aplicado vários golpes financeiros envolvendo bitcoin e criptomoedas.

De acordo com reportagem do Metrópoles, o golpista, que responde a pelo menos cinco inquéritos no Distrito Federal por crimes como estelionato, fraude e associação criminosa, viaja o mundo em busca de vítimas — jovens de alta classe que estão entrando no mercado financeiro.

Estima-se que o estelionatário já tenha acumulado cerca de R$ 3 milhões com os golpes. Ele se passa por um megainvestidor e convence suas vítimas a pagarem fortunas em transações envolvendo criptomoedas.

Marlon começou a ser investigado depois que a polícia de Taguatinga Norte apreendeu um amigo do golpista com uma identidade falsa. As autoridades também encontraram documentos que comprovam sua relação com a M3 Private, de propriedade do estelionatário.

Golpes no Brasil 

A polícia foi acionada por credores brasileiros em abril deste ano. Marlon chegou a assinar uma confissão de dívida e entregou as chaves de uma Mercedes avaliada em R$ 200 mil, um jet ski e um cheque falso no valor de R$ 40 milhões.

O brasiliense deixou o país e foi para a Suíça assim que foi desmascarado. Lá, ele publicou diversas imagens em sua conta no Instagram em um lugar luxuoso.

Contudo, não são só desconhecidos que estão na mira do sujeito, de acordo com Alexandre Dantas, sócio e supostamente vítima de Marlon.

Ele contou que começou a investigar o estelionatário por conta própria e encontrou diversas pessoas, inclusive amigas, que confiaram grandes quantias ao golpista sob a promessa de lucros de 7%.

“Além do nosso prejuízo, entramos em contato com várias pessoas no DF que perderam R$ 50 mil, R$ 100 mil e R$ 150 mil. O Marlon usava a proximidade com elas para convencê-las a investir”, disse Dantas ao Metrópoles.

Uma vítima que preferiu não se identificar chegou a chamá-lo de sociopata:

“Marlon é uma espécie de sociopata, que acredita nas próprias mentiras e não mede esforços para passar por cima de qualquer pessoa, contanto que lucre com isso. Eu costumava andar e ir a festas com ele, que gastava R$ 100 mil na balada.”

Aplicou golpe em empresa chinesa 

A empresa Dsundc Limited, sediada em Hong Kong, na China, levou um prejuízo de cerca de R$ 600 mil após cair no golpe do estelionatário.

Atraída pela promessa de rendimentos por meio de um software que analisa a bolsa de valores, a empresa, que atua há pelo menos dois anos na compra e venda de criptomoedas, adiantou uma transferência de US$ 150 mil para o golpista, que criou uma empresa local, de fachada, para dar credibilidade ao negócio.

Contudo, depois de receber o dinheiro, Marlon teria enviado uma mensagem por WhatsApp para a empresa alegando que a quantia não havia entrado em sua conta. “A partir daí, parou de atender as ligações e não repassou criptomoedas”, diz a reportagem.

Segundo a publicação, depois de cada golpe aplicado, ele desativa suas contas em mídias sociais — onde diz ser da área de tecnologia, finanças e criptografia — e viaja para países da Europa, Caribe e Ásia.

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