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CBDCs são piores que dinheiro bancário, diz CEO da Blockstream

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Adam Back, CEO da Blockstream, comentou recentemente sobre as CBDCs (Moedas Digitais de Bancos Centrais), reafirmando que elas não competem com o bitcoin, e se assemelham a experimentos de controle social.

Em um tweet recente, Back destacou  o Bitcoin como um “dinheiro apolítico, ao portador e inapreensível” e argumentou que os CBDCs, por outro lado, são “sistemas de controle”.

Bitcoin como dinheiro

Back acrescentou que a versão digitalizada da moeda fiduciária será “pior que papel-moeda, pior que stablecoins e muito pior que Bitcoin”. 

Esta não é a primeira vez que o lendário desenvolvedor do Bitcoin afirmou que o recurso de auto-soberania do criptoativo o torna superior aos projetos atuais em desenvolvimento. 

Em 2019, Back havia dito que Diem (anteriormente Libra), atrelada ao dólar americano, poderia atuar como um competidor para os bancos online, mas não representa ameaça ao Bitcoin.

O último comentário vem no contexto da discussão do ex-diretor de estratégia da Blockstream, Samson Mow, sobre CBDCs na Conferência de Liderança Asiática. 

Mow opinou que a motivação em torno dos CBDCs não é facilitar as transações de forma confidencial.

Ele também destacou a necessidade de voltar ao dinheiro apolítico e a “melhor maneira” que o executivo acredita seria avançar adotando o Bitcoin como dinheiro, semelhante a países como El Salvador.

“Os bancos centrais poderiam fazer isso corretamente se implementassem um CBDC que fosse privado e tivesse uma maneira de realizar transações confidenciais. Mas essa não é a motivação de um CBDC”, comentou.

“Mesmo no Canadá, o banco que (lançou) um anúncio de emprego procurando engenheiros para construir um sistema, e o resumo foi – queremos uma moeda digital do banco central que seja privada, mas não muito privada. Então, eu simplesmente não consigo ver isso acontecendo de uma maneira correta.”, finaliza.

CBDCs ao redor do mundo

A China é um dos principais concorrentes na área de CBDCs e supostamente possui quase 250 milhões de carteiras digitais registradas usando a versão digital do Yuan. 

Outros países, como Índia, Japão e Coreia do Sul, também estão liderando os esforços de testes-piloto. Além disso, o Brasil também já apontou um avanço no que diz respeito ao assunto.

No entanto, os EUA, o Reino Unido e o México estão se arrastando e ainda estão presos no estágio de pesquisa.

É importante notar que a invasão da Ucrânia pela Rússia alimentou o interesse em relação às CBDCs. Isso, mesmo em países que não haviam apresentado qualquer intenção anteriormente. A sanção bancária foi outro catalisador.

Philip Lowe, governador do Reserve Bank of Australia, recentemente afirmou que os tokens digitais emitidos por empresas privadas são melhores em inovação e podem oferecer mais benefícios do que os dos bancos centrais.

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