Na última semana, mais precisamente entre os dias 14 e 16 de setembro, aconteceu a Binance Blockchain Week, um evento organizado pela Binance. Neste evento, uma fala sobre a relação dos bancos e as criptomoedas do CEO da maior corretora do mundo chamou a atenção.
Na ocasião, durante seus 30 minutos respondendo a perguntas feitas através do Twitter, CZ foi questionado sobre a relação entre os bancos e as criptomoedas.
“Os bancos que quiserem sobreviver terão de apoiar as criptomoedas”, afirmou.
Fica clara a referência da adoção das criptomoedas pelos bancos, algo, inclusive, que já é tema de debate nos últimos tempos.
Muitos bancos brasileiros estão adotando as criptomoedas
Entrando no assunto, não podemos deixar de citar que muitas instituições financeiras, sobretudo no Brasil, já são “parceiros das criptomoedas”.
Nos últimos meses divulgamos que o Santander passou a garantir acesso aos ativos, além do Nubank, PicPay, PayPal e Mercado Livre.
Ou seja, fica claro que a afirmação do CEO da Binance durante o evento é algo que as próprias instituições já estão percebendo.
França e Europa tem um grande papel na revolução digital
Além disso, em sua palestra, CZ falou sobre o papel da França e da Europa na revolução digital.
O CEO da Binance aproveitou a discussão de abertura com Jean-Noël Barrot, ministro francês de Tecnologias e Telecomunicações, para pontuar sua visão sobre o MiCA (legislação de Mercado de criptoativos).
A maior parte das propostas do MiCA foram aceitas pelos legisladores da UE em junho deste ano e tem como objetivo criar uma estrutura propícia à inovação.
Elas não colocam obstáculos à aplicação de novas tecnologias, o que garante uma abordagem comum em todo o mercado.
Inclusive, vale fazer um adendo: a Binance foi a primeira corretora a se registrar como provedora de serviços de ativos digitais na França. Assim, a mesma procura se desenvolver em conformidade com os regulamentos locais.
De acordo com CZ, a legislação de Mercados de Criptoativos da União Europeia (MiCA), provavelmente será adotada em todo o mundo como um padrão para supervisão regulatória.
Ele ainda chamou a atenção afirmando que o regulamento beneficia empreendedores e empresas de criptomoedas.
Mas, de acordo com o CEO, a legislação tem alguns pontos preocupantes, sendo um deles a limitação em stablecoins. O relatório atual do MiCA restringe a emissão de stablecoins atreladas ao dólar americano.
Ou seja, é possível que aconteçam proibições do bloco da UE futuramente.
“As três maiores stablecoins por volume correm o risco de serem banidas na UE a partir de 2024, devido aos limites quantitativos de emissão e uso de [tokens de dinheiro eletrônico] denominados em moeda estrangeira sob o MiCA”, aponta o documento.
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