Ontem, Donald Trump escapou por pouco de um ataque a tiros. As balas passaram rente à sua orelha direita, e, se ele não tivesse movido a cabeça naquele instante, poderia ter sido fatal. Infelizmente, uma pessoa atrás do bilionário foi morta e outras duas ficaram feridas. O atirador foi morto durante a ação.
Charles Hoskinson, ao comentar sobre o ocorrido, ressaltou que, embora chocante, o incidente não é totalmente surpreendente, dado o atual clima político nos Estados Unidos. Ele observou que o discurso político no país passou de divergências legítimas para uma mentalidade onde aqueles que discordam são vistos como inimigos a serem destruídos, levando à radicalização e violência.
Hoskinson também discutiu o papel das redes sociais no contexto do ataque. O empresário mencionou que algumas das primeiras reações nas redes sociais não foram de condolências, mas de desapontamento pelo fato de o atirador ter errado o alvo, lamentando que as pessoas desejem a morte daqueles com quem discordam.
Para o rosto por trás da Cardano, a comunicação instantânea e as redes sociais transformaram a maneira como vemos os outros, não mais como seres humanos, mas como personagens para amar ou odiar. Essa desumanização, segundo o empreendedor, impede mudanças políticas positivas.
“Chegamos a um ponto em que, independentemente de quem lidera ou do que fazem, somos incapazes de confiar plenamente neles por várias razões. A política é o epicentro de tudo isso”.
Independentemente do resultado das eleições, Hoskinson mencionou antever uma divisão amarga pela frente. Dessa forma, ele encoraja a reflexão sobre os benefícios da descentralização, que não depende de líderes individuais passíveis de serem alvos ou demonizados.
“Não há ninguém para atirar. Não há ninguém para demonizar. Não há ninguém para canonizar”, concluiu Hoskinson.