O responsável pelo Grupo Bitcoin Banco (GBB), Cláudio José de Oliveira, anunciou que a empresa encontra-se em crise de liquidez e que o problema só será resolvido em 2020, segundo entrevista concedida hoje (03) ao Jornal Valor.
De acordo com a reportagem Cláudio alega que não conseguirá resolver os problemas dos usuários por conta dos constantes bloqueios judiciais que a empresa vem sofrendo.
“Não consigo executar nada porque toda vez vem a Justiça e bloqueia. Até iPhones que os clientes iriam receber (…) Cada passo que eu dou para pagar, vem um advogado e coloca um arresto, uma liminar. Isso criou uma bola de neve que te impede de agir.” Declarou Cláudio.
Segundo o áudio que o Jornal Valor recebeu de Cláudio referente ao encerramento das contas bancárias da empresa, principalmente do Banco Plural, Cláudio afirma que fez uma ação ilegal naquele momento e que “ninguém percebeu”. Declarou que o usou o dinheiro do GBB para comprar bitcoin, mas que não houve uso do dinheiro dos clientes nessa ação.
A crise do GBB iniciou por conta de um suposto ataque na plataforma, de acordo com informações divulgadas pelo Jornal Valor, a empresa contratou uma auditoria da EY (umas das big four) para comprovar suas alegações, porém o documento não revelou o suposto culpado pelo ataque.
Em nota, a EY afirmou que está em fase de emissão do relatório e que “a liberação de recursos de clientes é decisão de gestão da companhia, a qual é independente da conclusão de seus trabalhos”, o conteúdo do laudo é sigiloso.
Cláudio, em 2016, desistiu de construir uma fábrica de bucha vegetal em Curitiba, o projeto estava encaminhando para abrir o Bitcoin Banco, afirmando que “não conhecia nada disso, mas fui estudar. Cheguei na segunda-feira e mudei tudo. Mas acho que nem se estivesse plantando bucha tinha tanta bucha como tenho hoje para resolver”.
Finalizou a reportagem informando o tamanho da dívida do Grupo Bitcoin Banco que pode chegar até R$800 milhões.