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Coinbase e Kraken podem acabar com a segurança do Ethereum?

Sem dúvidas, uma das grandes expectativas para o mercado de criptomoedas é a entrada do Ethereum (ETH) no modelo proof of stake (PoS). 

A meta para que a rede da principal altcoin se funda com a Beacon Chain é para o final de 2022. Ou seja, o PoS pode aparecer ainda esse ano. 

Como resultado, veremos uma rede do Ethereum mais rápida e com taxas mais baixas. 

Para conseguir aproveitar essa nova era do ETH, grandes detentores da criptomoeda estão depositando a altcoin em contratos de depósito de staking.  

Só para exemplificar o interesse nesse contrato, ele já possui mais de 9 milhões de ETH depositados. Isso significa US$24,8 bilhões, na cotação atual do ativo digital. 

No entanto, há uma dúvida muito grande nessa caminhada. Com o preço do ETH, não são muitas as pessoas que conseguem depositar Ethereum nesses contratos.

Corremos risco de centralização?

Bom… se analisarmos os contratos, iremos ver que os principais validadores são exchanges centralizadas. 

Coinbase e Kraken, por exemplo, detêm 78 mil dos 296 mil validadores na Beacon Chain Ethereum, respectivamente.

Em suma, os validadores são os depositantes de ETH no contrato em troca da capacidade de validar blocos e também receber recompensas.

De acordo com o usuário do Twitter superphiz.eth, as duas corretoras estão usando  Prysmatic Labs, desenvolvedora do Prysm, para executar todos os seus validadores.

O projeto Prysm é uma implementação completa para a rede proof of stake Ethereum escrita inteiramente na linguagem de programação Go . 

Caso o Prysm esteja sendo mesmo utilizado pelas exchanges, podemos ver uma centralização do client na rede. Sendo assim, o ETH se tornará  mais suscetível a ataques.

A rede do Ethereum está em risco?

O blockchain Ethereum possui vários clients interoperáveis ​​que são desenvolvidos em vários idiomas. 

Os validadores podem utilizá-los tanto para facilitar quanto para garantir que o impacto de quaisquer bugs ou hacks seja limitado à parte da rede que executa o client afetado.

Todavia, Jonathan Cook, desenvolvedor do Ethereum, observou que a maioria dos nós do Ethereum executa um único client. Esse fator convida riscos desnecessários para o blockchain do ETH. 

Afinal, um bug que afeta qualquer cliente de consenso pode causar atestados falsos diretamente. 

Além disso, pode expor uma vulnerabilidade que permite que um invasor mal-intencionado force um client a fazer atestados incorretos.

Conforme observado por Cook, os efeitos de um bug controlando 1/3 do ETH em staking podem ser insignificantes. 

Todavia, qualquer controle maior do que isso levaria a consequências para toda a rede. 

Em um cenário onde 2/3 ou mais do ETH en staking seja controlado, poderíamos esperar uma bifurcação da Beacon Chain. 

É importante que o mercado se atente a esses detalhes, pois, em 2021, o próprio Prysm sofreu um bug relacionado à validação das raízes do depósito de Ethereum. 

Mesmo que as consequências desse bug fossem insignificantes, ele deu aos desenvolvedores uma ideia justa da importância da diversificação de clients.

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