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Criador da Ethereum reage a smartphone da HTC que levaria 500 anos de mineração para se pagar

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O cofundador da Ethereum, Vitalik Buterin, reagiu ao anúncio de que os smartphones Exodus, da HTC, agora poderão minerar a criptomoeda Monero (XMR) por meio de uma parceria com a Midas Labs, relatada pela Forbes na última sexta-feira (10).

A novidade que foca no menor consumo de energia do smartphone por meio do aplicativo de mineração DeMiner, exalta o fato de que “os usuários do Exodus 1s a extrair pelo menos US$ 0,0038 em XMR por dia, em média, enquanto o custo da eletricidade é menos de 50% disso”, segundo Jri Lee, fundador e CEO da Midas Labs.

Contudo, mesmo que você minerasse todos os dias durante um ano inteiro, a prática renderia apenas US$1,39 em XMR (cerca de R$7,20) ao fim desse período.

Sendo assim, levaria cerca de 37 anos para minerar 1 unidade inteira de Monero, caso o smartphone fosse usado para essa finalidade todos os dias.

Olhando por outro lado, se o modelo usado for a edição mais recente do Exodus 1 – Binance Edition, que custa cerca de US$700 (R$3.634), e considerando que o preço da Monero permaneça constante, levaria 500 anos – meio milênio – de mineração só para recuperar o dinheiro gasto no aparelho, sem levar em conta os custos com eletricidade, apontou o Decrypt.

De fato, se o objetivo é lucratividade, trata-se de uma prática nada rentável.

Buterin não aprova

Em resposta ao artigo do Decrypt, o cofundador da Ethereum se pronunciou em sua conta no Twitter, criticando a novidade.

Segundo ele, “minerar em telefones é um jogo de tolos”, porque “contraria tudo o que sabemos sobre economias de escala de hardware e é mais provável enganar os usuários com falsas esperanças do que ajudá-los”, completou.

Mining on phones is a fool’s game. Goes against everything we know about hardware economies of scale and more likely to trick users with false hope than help them.

*Staking* on phones, OTOH, is IMO quite promising…https://t.co/VGgkoHIDsP

— vitalik.eth (@VitalikButerin) April 13, 2020

O aplicativo DeMiner será lançado ainda neste semestre. Contudo, o objetivo da empresa taiwanesa HTC parece ser mais sobre trazer pessoas para um sistema descentralizado do que atrair possíveis usuários com ganhos potenciais.

“O número de telefones celulares em 2020 se aproxima de 3,5 bilhões, o que descentralizaria e distribuiria ainda mais a taxa de hash e o poder de mineração dessas redes de criptomoedas”, disse Phil Chen, diretor da HTC à Forbes.

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