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‘Cripto romance’ e outros golpes com criptomoedas. Como evitá-los

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No início de junho, a agência reguladora do comércio dos Estados Unidos, a Federal Trade Commission (FTC), divulgou um relatório que aponta que mais de 18 mil pessoas foram enganadas em ambiente online por golpistas em 2021. Segundo a agência, foram mais de 46.000 casos de pessoas que caíram vítimas de golpes envolvendo criptomoedas. Já o prejuízo causado por esse tipo de crime chegou aos US$680 milhões (R$3,3 bilhões) em 2021. No primeiro trimestre de 2022, esse valor já alcançou US$329 milhões (R$1,6 bilhão).

De todas as vítimas presentes no relatório do FTC, cerca de 40% foram abordadas nas redes sociais: Instagram (46%), Facebook (26%), Whatsapp (9%) e Telegram (7%). Mais um espaço virtual onde os criminosos vêm atuando são os aplicativos de namoro e encontro – assim, o golpe é chamado de ‘cripto romance’.

Para se ter noção, só no mês de abril foram mais de 4.300 vítimas de ‘cripto romance’ nos Estados Unidos, de acordo com o FBI. No Brasil, um caso que ganhou destaque foi o da administradora de empresas Aline Santos, que perdeu cerca de R$600 mil por conta de um homem que conheceu no app de namoro, Tinder.

O golpista, que se apresentou como Jack, disse que era de Londres e que trabalhava com investimentos em cripto. Com as dicas dele, Aline fez uma primeira aplicação de US$1.000 na Crypto.com, uma corretora internacional certificada. Apesar de não ter pedido senhas ou dados, ‘Jack’ sugeriu que ela transferisse o rendimento do primeiro investimento para outra corretora, o que Aline fez sem checar a procedência e acabou perdendo tudo. A aplicação caiu para cerca de US$47 mil (dos US$89 mil investidos, cerca de R$435 mil), mas a BTX Exchange é uma corretora fraudulenta, e ela não conseguiu resgatar o lucro.

Lembrando que, apesar das criptomoedas terem ganhado certa tração em território brasileiro, elas ainda não são aceitas em muitos estabelecimentos, já que há alternativas mais práticas para o dia a dia do consumidor, como é o caso do sistema de transferências instantâneas do Banco Central, o Pix. Apesar de ter chegado depois das criptomoedas, ele já é aceito amplamente em comércios, padarias, por prestadores de serviços e até mesmo em ambiente online, como lojas virtuais e alternativas de entretenimento, como é o caso dos cassinos com pix, que se adaptaram ao público brasileiro ao trazerem essa opção de pagamento para os seus jogos. As plataformas listadas pelo cassinos.info, além de aceitarem Pix, também oferecem bônus e promoções de boas vindas atrativas para novos jogadores.

Mais golpes

Além do ‘cripto romance’, há outros golpes conhecidos com criptomoedas, e talvez o principal seja o esquema de pirâmide, onde as vítimas são induzidas a investir em um sistema de enriquecimento rápido que só enriquece o bolso do golpista. Com as criptomoedas, o esquema de pirâmide é ainda mais efetivo, já que os criminosos podem sempre dizer que criaram novas tecnologias e que só precisam de investimento para que a vítima tenha mais lucros.

O pump and dump também é recorrente, e neste crime os investidores são incentivados a comprar criptoativos com base em informações falsas. Com a compra intensa, os preços dos ativos sobem, e então o golpista pode vender as suas próprias ações, recebendo o lucro e deixando as vítimas com ações sem valor algum.

Mais uma fraude comum são os e-mails ou mensagens falsas nas redes sociais que prometem acesso ao dinheiro virtual armazenado em uma corretora de criptomoedas. Geralmente, o criminoso pede que você pague uma taxa para que o valor seja disponibilizado – o problema é que nem os fundos e nem a plataforma existem. Por fim, golpistas podem sequestrar contas de celebridades ou criar contas falsas e incentivar os seguidores a investirem em esquemas fraudulentos.

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