Pavel Durov, fundador do Telegram, foi detido em Paris após um mandado de prisão internacional emitido pelas autoridades francesas. A prisão está relacionada a preocupações sobre a moderação do mensageiro.
Em resposta à detenção, o Telegram divulgou uma nota reafirmando que Durov não tem nada a esconder e que a plataforma segue todas as leis da UE, mantendo práticas de moderação compatíveis com os padrões da indústria.
“Com quase um bilhão de usuários ao redor do mundo, o Telegram é uma ferramenta importante de comunicação e de acesso a informações essenciais. Esperamos uma resolução rápida para esta situação”, afirmou o comunicado.
A detenção de Durov gerou uma onda de reações nas redes sociais, com as hashtags #FreeDurov e #FreePavel ganhando destaque. Além disso, o ex-contratante da NSA e denunciante Edward Snowden criticou a prisão, alegando que ela representa uma ameaça aos direitos humanos fundamentais, à liberdade de expressão e à associação. Elon Musk, fundador da Tesla, também se manifestou contra a detenção, afirmando que Durov está sendo alvo de uma ação injusta.
Samson Mow, CEO da empresa de hyperbitcoinization Jan3, ofereceu seu apoio à libertação de Durov, mas levantou críticas sobre a estratégia operacional do Telegram.
Mow apontou que a falta de criptografia de ponta a ponta por padrão torna o mensageiro vulnerável a pressões regulatórias. Assim, ele comparou a situação do app com a do Nostr, rede social descentralizada, destacando o risco de problemas semelhantes se questões estruturais não forem abordadas.