A Wharton School da Universidade da Pensilvânia divulgou um relatório intitulado “DeFi Além do Hype”, produzido pelo Wharton Blockchain e Projetos de Ativos Digitais em colaboração com o Fórum Econômico Mundial.
De acordo com a famosa escola de negócios, a indústria DeFi tem potencial para transformar as finanças globais. Até o momento, no entanto, ainda não chegou nem perto deste objetivo.
“O DeFi tem potencial para transformar as finanças globais, mas a atividade até agora se concentrou na especulação, na alavancagem e na geração de rendimento entre a comunidade existente de detentores de ativos digitais”, disse o relatório, acrescentando que a nova indústria está exposta a muitos riscos.
O estado de DeFi de acordo com Wharton
DeFi Pulse é uma plataforma de dados que acompanha o crescimento das finanças descentralizadas. A mesma indica que há, atualmente, mais de US$54 bilhões bloqueados no setor. Esse número saiu de pouco menos de US$1 bilhão no ano passado.
Em meio ao crescimento da indústria, o relatório da Wharton afirma que há seis usos principais no setor:
- Stablecoins;
- Câmbio descentralizado (DEXs);
- Crédito;
- Derivativos;
- Seguros;
- Gestão de ativos;
- “Serviços auxiliares”, incluindo carteiras e oráculos.
Alguns dos principais benefícios do setor – de acordo com o relatório – incluem a redução do atrito e dos custos de transação para o comércio e distribuição de ativos financeiros.
Além disso, o relatório sugere que o DeFi permite maior transparência. Além de maior controle das partes interessadas, melhor acesso ao mercado e liquidação mais rápida do que os mercados financeiros tradicionais.
“DeFi ainda é jovem, claro, mas este é o momento de abraçar esta nova tecnologia sem permissão e ser parte de algo especial”, comenta Charles Storry, chefe de crescimento da Phuture. Apesar do progresso, no entanto, o relatório admite que o setor tem suas dores de crescimento.
“Como a tecnologia blockchain em geral, DeFi tem uma base entusiástica de evangelistas, que promovem seu potencial para eficiência, transparência, inovação e inclusão financeira”, diz o relatório, acrescentando, “ele também tem seus críticos, riscos e incógnitas”.
Esses riscos incluem fraude, incerteza regulatória e tecnologia imatura. De acordo com o relatório, a indústria de hoje também corre o risco de controle centralizado oculto. Neste, certos atores podem ter controle desproporcional sobre outros.
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