Desenvolvedores do Bitcoin estão trabalhando em uma solução para criar endereços resistentes à computação quântica. Potencialmente, entre 1 e 2 milhões de endereços estariam vulneráveis com o avanço da computação quântica.
Nos primeiros anos da rede Bitcoin, os endereços P2PKH (Pay to Public Key) eram os mais utilizados. Estes endereços são os mais vulneráveis a um ataque de força bruta, por exemplo. Para resolver este problema, novos padrões de endereço resistentes à computação quântica poderiam ser implementados.
Uma publicação compartilhada pelo desenvolvedor Jamerson Loop detalha a necessidade de um novo padrão de endereço para o BTC:
“Propõe-se implementar um tipo de endereço Pay to Quantum Resistant Hash (P2QRH) que utiliza um algoritmo de assinatura criptográfica pós-quântica (PQC)”.
“Esse novo tipo de endereço protege as transações submetidas à mempool e ajuda a preservar o livre mercado, ao reduzir a necessidade de transações privadas e fora da mempool.”
Piora na escalabilidade
Outro ponto levantado na discussão é o tamanho desse novo potencial padrão de endereço. Transações com o padrão proposto seriam cerca de 20 vezes maiores do que transações convencionais.
Isso significa que o Bitcoin potencialmente seria capaz de processar menos transações na camada base. Atualmente, a rede Bitcoin é capaz de processar cerca de 200 milhões de transações por ano.
Portanto, um aumento no tamanho do bloco seria uma possibilidade para o futuro da rede. No entanto, a última tentativa em mudar o tamanho do bloco do Bitcoin resultou na divisão da rede entre BTC e Bitcoin Cash (BCH).
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