Dólar provavelmente não vai colapsar, afirma Kevin O’Leary

O investidor Kevin O’Leary está abordando os temores de que outra moeda possa substituir o dólar americano como principal ativo de comércio e reserva internacional.

Em uma nova entrevista na Stansberry Research, a estrela do Shark Tank afirmou que tem ouvido apelos pelo fim do dólar americano durante toda a sua vida.

De acordo com o investidor, o dólar provavelmente permanecerá como moeda de reserva mundial enquanto as nações ricas e os indivíduos continuarem a armazenar sua riqueza no mercado de ações dos EUA.

“Tenho ouvido falar da morte do dólar americano desde 1966. A cada dois anos, alguém aparece e diz: ‘Esta é a morte do dólar americano’. 

Você só precisa se fazer uma pergunta: se você é um fundo soberano – não importa qual país – país do Oriente Médio, Leste, Europa Ocidental, onde está a maior parte de sua riqueza agora? Está no S&P 500 denominado em dólares americanos.

Agora, até que isso mude, não há chance de outra moeda se tornar a moeda padrão do mundo. As pessoas queriam torná-lo Bitcoin. Isso é interessante, mas é uma especulação. Isso não é uma moeda. 

Então, talvez uma versão digitalizada do dólar, embora isso seja prejudicado por questões de privacidade, eu acho. Talvez uma versão privada disso, como USDC (USD Coin). Mas a unidade básica de riqueza e armazenamento de riqueza continua sendo o dólar americano.

Pergunte a qualquer indivíduo de alto patrimônio líquido em qualquer lugar da Terra onde ele deseja colocar todo o seu dinheiro. Ninguém diz o yuan, ninguém diz o euro, ninguém diz a libra esterlina. Ninguém diz moeda brasileira, nem moeda venezuelana. É tudo em dólar americano.”

Sobre a questão de países como China e Rússia intermediando acordos para usar suas moedas fiduciárias nativas para liquidar transações, O’Leary diz que é irrelevante, já que as principais economias continuam a depender do dólar para comercializar bens e serviços.

“Ninguém está descartando seu dólar americano, que é uma importante plataforma de negociação, e todos querem negociar commodities, bens e serviços em dólares americanos.“