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Empresa acusada de pirâmide financeira muda de nome

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Na última sexta-feira (28), o diretor da empresa Unick, que vende conteúdo sobre o mercado financeiro, anunciou, por meio de um vídeo publicado no Youtube, que a empresa mudaria de domínio.

A partir de agora, a Unick, cujo o domínio costumava ser Unick.Forex, passou a ser Unick.Academy, desde o último domingo, 30 de junho.

A mudança, segundo Danter Silva, diretor da empresa, tem como objetivo deixar claro a atuação principal da empresa:

“[A mudança é] obviamente com o objetivo de em todos os sentidos em todos os segmentos estar claro a nossa atuação principal, que é proporcionar, que é divulgar conhecimentos e informações, principalmente sobre este momento que estamos vivendo sobre essa revolução digital que estamos passando e com o propósito de integrar as pessoas a esse momento digital.”

No final de abril, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fez um alerta sobre a atuação irregular da empresa, avisando que a Unick não pode distribuir valores mobiliários sem autorização.

Esse foi o terceiro alerta da Comissão sobre a empresa, suspeita de atuar como pirâmide financeira. A Unick já chegou a ser comparada com o esquema de pirâmide da Telexfree pelo próprio Ministério Público.

Na época, Marcos Prata, membro do departamento jurídico da Unick, gravou um vídeo declarando que a equipe não trabalha com investimentos, mas sim com a prestação de serviços de marketing e apoio para a Golden Stripe Belize, empresa que vende um conteúdo digital que diz respeito ao mercado de cripto e ao forex.

Contudo, a mudança de domínio indica que a empresa, sediada em Novo Hamburgo, RS, pretende se afastar das acusações de prática de Forex, que é proibida no Brasil.


Além de ser ilegal no Brasil, a prática de Forex é um mercado de alto risco.

Em operações desse tipo, as moedas são negociadas em pares, onde uma moeda é comprada e outra é vendida simultaneamente.

Um exemplo disso seria dólar e real. O investidor não compra uma das moedas, fisicamente, mas sim uma relação monetária de troca entre eles.

Sendo assim, ao fazer uma operação nesse mercado, o investidor está comprando, na verdade, um determinado par, uma taxa de câmbio entre duas moedas.

A CVM tem feito alertas sobre a atuação irregular da Unick desde o ano passado.

O Ministério Público Federal fez uma denúncia contra a empresa, acusando-a de envolvimento em esquema de pirâmide financeira.

No entanto, a juíza responsável pelo caso ficou a favor da empresa, pois julgou que a Justiça Federal não seria responsável pelo caso, que deveria ser investigado pelo Estado do Rio Grande do Sul, sede da Unick, onde o processo corre atualmente.

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