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Empresa suspeita de pirâmide dá calote em clientes, cria criptomoeda sem liquidez e muda de nome

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Clientes da empresa de aluguel de mineradores de criptomoedas Credminer, investigada pelo Ministério Público do Ceará sob suspeita de esquema de pirâmide financeira, relatam atrasos nos pagamentos desde maio deste ano. Além da criação de uma criptomoeda sem liquidez, a empresa agora mudou de nome.

Um seguidor do Criptonizando entrou em contato com a equipe buscando visibilidade para o caso que afeta os 150 mil associados da empresa que promete um “contrato altamente rentável”.

“Por favor, façam uma investigação sobre a Credminer e o golpe que ela deu em seus afiliados”, disse o associado da empresa avaliada como “ruim” pelos clientes no Reclame Aqui.

A empresa fundada por Antônio Silva afirma em seu site que não aceita novos cadastros desde 10 de outubro, “até que tenha um sandbox regulatório do mercado”, mas alega que continuará minerando para quem já está cadastrado.

LQX

Em outubro, a Credminer criou a LQX, uma criptomoeda própria que teria como objetivo quitar as dívidas com os clientes. Segundo o denunciante, a moeda que valia R$ 4 quando lançada, foi usada para pagar os clientes desde então.

No entanto, o ativo é listado apenas na exchange Liquidex, que tem como presidente Maicon Frohlich, genro do presidente da Credminer.

A exchange possui uma avaliação ainda pior do que a Credminer no portal de queixas contra empresas, incluindo diversos relatos que citam “conta bloqueada”, “valores retidos na plataforma” e “impossibilidade de acesso a conta”.

“Criaram uma moeda que não tem liquidez nenhuma, nem por 1,00 real”, disse o associado, acrescentando: “Verdadeiro golpe em seus afiliados.”

Muitas pessoas também tem reclamado do Bitcoin Pro, um robô de negociação em Bitcoin

Novo nome

Em julho deste ano, Rodrigo Mastrângelo, diretor de expansão internacional da Credminer, anunciou a mudança da empresa para Berlim, na capital da Alemanha, sob o nome de WeHPM.

No entanto, para o associado que falou com a reportagem, a estratégia é apenas uma forma “para continuar outro golpe”.

Em uma queixa não respondida até o momento da publicação da matéria, um cliente da empresa alega que a Credminer estaria bloqueando o acesso dos associados na plataforma desde o lançamento da WeHPM.

Imagem: Reprodução/Reclame Aqui

A empresa teria prometido quitar as pendências com os associados no Brasil “até próximo do Natal”, segundo o Portal do Bitcoin. No entanto, as reclamações continuam surgindo.

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