Conheça a história de Vitalik Buterin, um programador russo-canadense e fundador da segunda maior rede blockchain do mundo, o Ethereum (ETH).
Vitalik Buterin começou a se interessar pelo mercado de criptomoedas ainda em 2011, apenas 2 anos após o lançamento do Bitcoin. Ainda naquele ano, Buterin ajudou a co-fundar a Bitcoin Magazine, onde se tornou redator.
Vitalik chegou a mencionar que recebia 5 bitcoins por cada artigo escrito, que na época valia menos de 1 dólar cada. Com a imensa valorização do BTC desde então, Buterin construiu a sua fortuna cripto.
Vitalik Buterin comentou em algumas ocasiões que foi o jogo World of Warcraft (Wow) que o fez entrar no mundo das criptomoedas.
O desenvolvedor afirmou que, após desenvolvedora do jogo remover uma habilidade do seu personagem, ele percebeu o quanto serviços centralizados podem ser problemáticos:
“Eu jogava World of Warcraft feliz da vida entre 2007 e 2010, mas um dia a Blizzard removeu o componente de dano do meu amado feitiço de Sifão de Vida do Bruxo. Eu chorei até dormir, e naquele dia eu percebi os horrores que serviços centralizados podem trazer. Logo decidi abandonar [o jogo]”.
Conforme relatou Vitalik, ele passou o ano seguinte procurando por alternativas, e foi então que encontrou o Bitcoin.
No entanto, não foi com o Bitcoin que Vitalik ganhou a maior parte da sua fortuna, mas com o Ethereum (ETH), rede que idealizou em meados de 2013.
Criação do Ethereum
Não satisfeito com a capacidade do Bitcoin de descentralizar certos serviços, Vitalik projetou o Ethereum (ETH) em 2013. A rede foi idealizada pelo jovem programador e implementada com ajuda de Gavin Wood, Charles Hoskinson, Anthony Di Iorio e Joseph Lubin.
O desenvolvimento da rede foi financiado em 2014 através de crowdfunding. E em 30 de julho de 2015 o Ethereum foi lançado no mercado. Desde então, o ETH, token nativo da rede, se tornou o segundo maior criptoativo em capitalização de mercado, estando atrás apenas do BTC.
Além disso, o Ethereum é também a rede líder para a execução de contratos inteligentes, aplicações descentralizadas e emissão de tokens. Vários projetos muito importantes para o setor, como o Tether (USDT) e Chainlink (LINK), são executados principalmente dentro do protocolo desenvolvido por Vitalik.
Vitalik mencionou que ele próprio ficou impressionado com o poder da sua invenção:
“Quando criei o Ethereum, meu primeiro pensamento foi: ‘Ok, isso é bom demais para ser verdade.’ Como se viu, a ideia central do Ethereum era boa – fundamentalmente, completamente sólida.”
Aplicações do Ethereum
A rede Ethereum se destacou por conta do grande número de aplicações que podem ser executadas no protocolo. Entre os serviços dentro da rede blockchain estão:
- Exchanges Descentralizadas (DEXs): As DEXs, como o Uniswap (UNI) permitem a troca de criptoativos sem a necessidade de intermediários financeiros, como bolsas centralizadas.
- Ativos tokenizados: Criptoativos tokenizados são ativos que são lastreados em outros, como stablecoins, que rastreiam o preço de moedas, como o dólar americano.
- Projetos DeFi: Os protocolos DeFi (Finanças Descentralizadas) permitem que serviços financeiros, como empréstimos colateralizados, sejam prestados sem intermediários nas operações.
Vida e investimentos de Vitalik Buterin
Devido a sua importância no mercado de criptomoedas, Vitalik Buterin se tornou alguém muito proeminente no setor e no mundo. Dentre os seus feitos, o programador chegou a se encontrar com o presidente russo em uma breve reunião no Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo.
Em relação aos seus investimentos, Buterin afirmou em maio de 2022 que não é mais um bilionário. Isto se deve em grande parte à queda ocorrida no mercado de criptomoedas após o final de 2021.
Vitalik também foi o responsável por queimar cerca de US$ 6,7 bilhões em Shiba Inu (INU), tokens que foram enviados para sua carteira pública. Buterin decidiu então se livrar dos ativos, enviando-os para uma carteira que ninguém possui as chaves.
Após o ocorrido, Buterin solicitou que não enviassem mais ativos para sua carteira sem o seu consentimento:
“Qualquer um que criar criptomoedas (ou DAOs, ou qualquer outra coisa) no futuro, por favor, não me dê moedas ou poder em seu projeto sem meu consentimento! Eu não quero ter um poder desse tipo”, escreveu em uma transação.
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