Na última terça-feira (8), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou a apreensão de US$ 3,6 bilhões em criptomoedas.
Além disso, as autoridades americanas efetuaram a prisão de duas pessoas ligadas ao hack da Bitfinex, em agosto de 2016.
O roubo à corretora acarretou na perda de 119.756 Bitcoins de seus clientes.
Na ocasião, a quantidade roubada valia em torno de US$ 72 milhões. No entanto, se calculado para a cotação atual, o montante já vale US$ 5,1 bilhões.
Segundo o anúncio, Ilya Lichtenstein e sua esposa Heather Morgan foram presos por supostamente conspirar para lavar criptomoedas conectadas ao hack da Bitfinex.
A justiça dos EUA vinha monitorando os indivíduos conectados ao roubo através de pequenas transferências provindas da carteira onde se encontravam os fundos.
Periodicamente, os detentores das chaves de acesso à carteira movimentavam pequenas quantidades, deixando a maior parte do montante parada.
A investigação também rastreou uma transação maior, de 25.000 bitcoins, transferidos para contas controladas por Lichtenstein e Morgan.
Assim, um mandado de busca permitiu que agentes visualizassem os arquivos que continham a chave privada para essa carteira.
Como efeito, a justiça conseguiu acessar e apreender mais de 94.000 bitcoins.
“As prisões de hoje e a maior apreensão financeira do departamento de todos os tempos mostram que as criptomoedas não são um refúgio seguro para criminosos”, afirmou a vice-procuradora-geral, Lisa Monaco.
Segundo Lisa, “em um esforço inútil para manter o anonimato” o esquema criou um “labirinto de transações com criptomoedas.”
“Graças ao trabalho meticuloso da aplicação da lei, o departamento mais uma vez mostrou como pode e seguirá o dinheiro, não importa a forma que ele assuma”.
Lavagem de dinheiro via darknet
De acordo com a justiça americana, Morgan e Lichtenstein usaram diversos métodos para lavar as criptomoedas ilícitas.
Entre as práticas da dupla, estava depositar as moedas em mercados na darknet, para depois retirá-las través de transações anônimas utilizando programas de computador.
Além disso, Morgan e Lichtenstein mantinham contas bancárias nos Estados Unidos, porto final dos fundos.
Como resultado, as ações do Departamento de Justiça dos EUA representam a maior apreensão de criptomoedas feita por autoridades estatais,
Por fim, a justiça acusa a dupla de conspiração para cometer lavagem de dinheiro e conspiração para fraudar o país. As penas para os crimes podem chegar a 25 anos de prisão.
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