A corretora de criptomoedas BlockFi, que recentemente entrou com um pedido de falência, está processando o CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, para obter as ações da Robinhood que ele supostamente prometeu à empresa como garantia no início deste mês.
O pedido, inicialmente relatado pelo The Financial Times, ocorreu poucas horas depois que a BlockFi pediu falência, citando “uma crise de liquidez” causada pela exposição à bolsa FTX e seu fundo de hedge Alameda Research.
A reclamação alega que o veículo de investimento de Bankman-Fried, o Emergent Fidelity Technologies, em parceria com a ED&F Man, uma empresa de serviços financeiros com sede em Londres, “tem a custódia da garantia que pertence ao BlockFi”.
Esses ativos foram prometidos à BlockFi sob os termos de um acordo feito em 9 de novembro, de acordo com o processo.
Bankman-Fried comprou pela primeira vez sua participação de 7,6% no aplicativo de negociação Robinhood em maio de 2022, de acordo com um registro na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, que na época valeria cerca de US$ 600 milhões.
O processo, apresentado no mesmo tribunal de Nova Jersey, prossegue alegando que a empresa “não cumpriu suas obrigações sob o contrato de penhor” e que “não cumpriu suas obrigações apesar da notificação.”
O credor disse que agora procurará “aplicar os termos de um acordo de penhor e recuperar garantias que são propriedade dessas massas falidas”.
O Financial Times também alega, citando fontes não identificadas, que Bankman-Fried estava listando sua participação na Robinhood em sua lista de ativos, que seriam utilizados para pagar credores.
A BlockFi não é a única empresa que a FTX possui obrigações financeiras.
Em agosto de 2022, a FTX se ofereceu para comprar a Voyager, uma credora de criptomoedas com problemas, em um acordo de US$ 70 milhões, e que agora deve ser interrompido.
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