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Exchange de criptomoedas brasileira trava saques em ativos digitais

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A exchange de criptomoedas brasileira BlueBenx, suspendeu os saques de todos os clientes da plataforma na quinta-feira (11). Em comunicado por e-mail aos usuários, a empresa alega ter sofrido um ataque hacker.

Convém falar que a exchange já é investigada pela CVM por oferta irregular de investimentos em bitcoin. No e-mail que foi enviado aos clientes, a empresa justifica o bloqueio repentino do dinheiro de seus usuarios:

“Na última semana sofremos um hack extremamente agressivo em nossos pools de liquidez na rede de criptomoedas, após tentativas incessantes de resolução, hoje iniciamos nosso protocolo de segurança com a suspensão imediata das operações dos produtos do BlueBenx Finance, incluindo saques, resgates, depósitos e transferências”.

No conteúdo enviado, a BlueBenx não informa detalhes sobre o suposto ataque e nem se valores foram perdidos no incidente.

Reação da empresa sobre o suposto ataque

A BlueBenx diz que para solucionar a situação, criou uma “estrutura de gerenciamento de riscos”. E complementa que essa ação ficará a cargo do escritório de advocacia Nicolia Dos Anjos Sociedade de Advocacia. 

Contudo, o grupo informou que responderá a clientes com maiores informações a partir de segunda-feira (15).

“BlueBenx possui ativos valiosos e estamos trabalhando diligentemente para cumprir nossas obrigações.”

Complementando, a empresa diz:

“Entendemos que esta notícia é difícil, mas acreditamos que nossa decisão de pausar saques, depósitos e transferências entre contas é a ação mais responsável que podemos tomar para proteger nossa comunidade.

De acordo com a empresa, os saques ficarão bloqueados por, no mínimo, 180 dias.

A exchange de criptomoedas BlueBenx e suas operações suspeitas

Em agosto de 2019 as primeiras denúncias de investidores contra a exchange foram registradas. As potenciais irregularidades que chegaram à CVM envolvem propostas de investimento em criptomoedas.

Após as primeiras reclamações, as atividades da exchange passaram então a serem observadas pela Superintendência de Proteção e Orientação a Investidores (SOI) cerca de um mês depois.

A partir disso, em janeiro deste ano, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) rejeitou um acordo de R$150 mil proposto pela corretora de criptomoedas. A proposta tinha o intuito de encerrar um processo na CVM por oferta irregular de investimentos em bitcoin.

Segundo relatório da CVM, a companhia realizou oferta de Contratos de Investimento Coletivo (CICs) em sua página na internet e divulgou retornos elevados para quem investisse em bitcoins. Em trecho do documento, é dito:

“A acusação teve origem em processo que tratou da investigação de indícios de oferta pública irregular, em tese, de valor mobiliário por meio do endereço na rede mundial de computadores (https://bluebenx.com/)”, diz um trecho do documento.

Na decisão, a CVM listou vários artigos que regulam o mercado de valores mobiliários, sendo um deles o art. 19: “Nenhuma emissão pública de valores mobiliários será distribuída no mercado sem prévio registro na Comissão”. 

“Em relação à materialidade da infração, a Área Técnica destaca, resumidamente, que: (i) foi possível constatar que a BLUEBENX mantinha ativa uma página na rede mundial de computadores onde eram oferecidas “cotas de investimento” e “planos de remuneração” para os investidores interessados.”

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