No final do ano passado, um mistério envolveu o mundo dos criptoativos quando um evento surpreendente ocorreu na bolsa KuCoin.
Em um conjunto bizarro de transações, a popular exchange de criptomoedas inadvertidamente enviou uma quantidade impressionante de Ethereum (ETH), no valor de dezenas de milhões de dólares, para o endereço de queima da rede.
Ainda mais surpreendentemente, parece que esse acidente substancial passou despercebido até agora. O endereço de queima Ethereum, também conhecido como endereço nulo, é essencialmente um buraco negro no universo blockchain.
É um endereço para onde os tokens podem ser enviados, mas nunca recuperados, efetivamente removendo-os de circulação, daí o termo “queimar”.
Dado o papel crucial da bolsa em garantir volumes significativos de ativos digitais, tal transação levanta questões. No entanto, a motivação exata por trás dessa transferência permanece indefinida, pois atualmente não há informações disponíveis.
Essas queimas inesperadas ocorreram ao longo de três dias, começando em 7 de setembro de 2021, e abrangeram mais de 3.500 transações de USDT (Tether) e ETH.
Embora esse incidente levante uma infinidade de perguntas, a mais significativa é: por quê? O que poderia levar a tal erro, ou foi intencional? Nesta fase, as respostas são desconhecidas.
Uma hipótese sugere que a KuCoin pode ter chegado a um acordo pontual com a Bitfinex, a empresa por trás do Tether, para resgatar o USDT. Essa teoria, no entanto, não explica por que o ETH também foi enviado para o endereço de gravação.
Outra conjectura aponta para uma possível falha no sistema ou um erro em um processo automatizado que causou essa movimentação incomum de ativos.