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Facebook, Twitter e Telegram no mundo das criptomoedas?

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Após o escândalo da Cambridge Analytica, empresa de marketing que ajudou a eleger o presidente americano Donald Trump, os usuários de mídias sociais passaram a se preocupar ainda mais com a privacidade de seus dados. Com isso, também surgiram rumores de que o Facebook tem planos de criar sua própria criptomoeda, levando a considerar a possibilidade de emergência de uma plataforma descentralizada.

Com o objetivo de explorar opções para a implementação de criptomoedas em suas redes sociais, em maio de 2018, o Facebook formou um grupo de blockchain liderado por David Marcus (antigo membro do conselho da Coinbase).

A rede social está cada vez mais perto de se envolver, de uma forma ou de outra, no mundo das criptomoedas e do blockchain.

“Eu diria que o dinheiro digital, como um conceito, inevitavelmente está indo para o mainstream.”, disse o CEO do grupo deVere, Nigel Green, ao Cointelegraph, sobre o envolvimento do Facebook nesse nicho.

Segundo Green, o Twitter também estaria flertando com as criptomoedas, pois, nos últimos meses, a plataforma tem apoiado cada vez mais o Bitcoin, embora tenha proibido temporariamente anúncios relacionados a criptomoedas em março de 2018 (assim como o Facebook).

Em fevereiro, Jack Dorsey, o CEO do Twitter, declarou que Bitcoin é a única criptomoeda que ele possui, e disse acreditar que ela vai se tornar a “moeda nativa” da Internet.

Outra popular rede de mensagens, o Telegram, fundado na Rússia, pretende lançar uma plataforma blockchain rival da Ethereum e EOS para o desenvolvimento e implantação de DApps, a Telegram Open Network (TON). A rede possui mais de 200 milhões de usuários ativos mensais.

Com os passos das três redes sociais, estas podem se tornar alguns dos maiores nomes da indústria de criptomoedas. “O Facebook e o Twitter têm uma enorme influência, recursos e alcance, e pode ser que eles retirem parte do mercado das criptomoedas existentes”, disse Green.

No entanto, há muitas especulações em relação à descentralização dessas criptomoedas, já que todo o modelo de negócios do Facebook, por exemplo, gira em torno do controle dos dados gerados pelos usuários da rede.

“Esses serão os tokens que circulam em seus ecossistemas. Os usuários devem confiar nessas empresas para operar a rede de boa fé e proteger sua privacidade”, disse Arthur Hayes, CEO e cofundador da BitMex ao Cointelegraph.

A única coisa que qualquer um desses tokens terá em comum com o Bitcoin é que a palavra “moeda” pode ser usada em seus nomes. Isso terá pouco ou nenhum efeito sobre o Bitcoin e outras criptomoedas semelhantes que operam em uma rede peer-to-peer pública”, explicou.

O diretor administrativo da exchange eTor UK, Iqbal V. Gandman, acredita que a moeda do Facebook será centralizada.

“A pura natureza de plataformas como Facebook e WhatsApp, significa que suas criptomoedas serão centralizadas. Facebook e Whatsapp são como jardins murados, ou seja, você precisa fazer o login para acessá-los, então acho que as pessoas provavelmente só poderão usar suas moedas dentro daquelas plataformas, e não em outro lugar. ”

Já Lou Kerner, da CryptoOracle diz que é provável que o Facebook “tenha elementos descentralizados e elementos centralizados”.

Plataformas como Facebook, WhatsApp e Telegram são populares, principalmente, por serem fáceis de usar. Por isso, a experiência do usuário é uma questão importante ao abordar o assunto, já que usuários que não possuem conhecimento sobre a área das criptomoedas e pagamentos criptográficos podem encontrar dificuldades para entender seu funcionamento.

Embora essa seja uma preocupação válida, Gandam explica que “empresas como o Facebook e o Twitter estão conscientes de que a chave para um bom produto é uma interface amigável”

“A introdução de suas próprias criptomoedas não deve tornar essas plataformas mais complicadas para os usuários, simplesmente será outro serviço para eles usarem”, conclui.

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