Entre os candidatos às cadeiras de Deputado Federal do Rio de Janeiro está o famoso “faraó dos bitcoins”.
Glaidson Acácio dos Santos disputará o páreo pelo partido Democracia Cristã (DC), tentando afastar a imagem de um prisioneiro, acusado de vários crimes com organização criminosa.
O “faraó dos bitcoins” foi preso em 2021, durante a Operação Kryptos. Ele segue na cadeia e, por isso, a situação do candidato ainda não é definitiva.
A candidatura do faraó dos bitcoins pode ser efetivada?
Atualmente, a candidatura de Glaidson Acácio está aguardando julgamento, ou seja, o “pedido ainda não foi apreciado pela Justiça Eleitoral”.
Entretanto, como o “faraó dos bitcoins” ainda não foi condenado pelos crimes nos quais é acusado, é possível que o TSE aceite sua candidatura.
De qualquer forma, a decisão final deve ocorrer até o próximo dia 12 de setembro, prazo final para a divulgação das candidaturas pelos tribunais regionais.
Em sua prisão, em 2021, vários bens de luxo e imóveis foram apreendidos pela Polícia Federal, assim como uma grande quantia de dinheiro em espécie e bitcoins.
Assim, o valor dos bens declarados por Glaidson Acácio ao TSE chama a atenção.
O “faraó dos bitcoins” declarou ter R$ 60.450.000,00, sendo R$ 450 mil em um apartamento e o restante em quotas de capital.
Considerando que os clientes da GAS Consultoria ainda aguardam um desfecho da situação para terem seu dinheiro de volta, não está claro se esse será um político que realmente cumprirá suas promessas.
Ainda vale lembrar que candidatos que recebem criptomoedas como doação são vedados.
Além disso, para o cargo de Deputado Federal, pode-se gastar no máximo R$ 3.176,572,53 durante a campanha, sendo necessário a declaração de tudo.
Sócio também está tentando disputar uma cadeira
Vicente Gadelha, um dos sócios do “faraó dos bitcoins” também está tentando uma cadeira nas eleições de 2022, mas para Deputado Estadual. Também pelo Rio de Janeiro, Gadelha se filiou ao mesmo partido, o Democracia Cristã.
O mesmo também apresentou alguns bons milhões em sua declaração ao TSE.
Foram apontados um montante de R$ 2 milhões, sendo R$ 800 mil em um apartamento e o restante em dinheiro em espécie e outros bens.
Vale destacar que a PF deflagrou a quarta fase da Operação Kryptos na última semana. A mesma aconteceu após mais detalhes da organização criminosa pelos candidatos serem descobertos.
Diversos carros de luxo foram apreendidos, e eles devem ser levados ao conhecimento judicial em breve. Além disso, a esposa do faraó continua foragida.
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