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Fazendas de mineração de bitcoin estão surgindo nas ruínas do comunismo na Sibéria

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Foto: Michael Fludkov/Flickr

Fábricas construídas durante a era soviética na Rússia estão ganhando um novo propósito com a chegada de mineradoras de bitcoin na Sibéria.

Um exemplo disso é a estação hidrelétrica da cidade de Bratsk, construída durante a Guerra Fria para alimentar a fabricação soviética.

Várias fazendas de mineração se instalaram na cidade para aproveitar as baixas temperaturas baixas e preços de eletricidade favoráveis, conforme publicação do Coindesk.

Dmitry Ozersky, CEO da empresa de mineração Eletro.Farm, falou sobre a questão da eletricidade no país:

“O excedente de energia elétrica na Rússia é enorme, devido ao fechamento de algumas usinas soviéticas e ao fato de que o consumo de energia, em geral, se tornou muito mais eficiente ao longo do tempo”, disse.

O preço da eletricidade na Sibéria é um dos mais baixos do mundo, custando cerca de 4 centavos de dólar por quilowatt-hora. Lá, a eletricidade é gerada principalmente por energia hidrelétrica.

“A produção está paralisada há 15 anos e, a cada ano, o declínio piorava cada vez mais. Até 2017, os proprietários decidiram desenvolver esse local de maneira diferente, por exemplo, para um hotel de mineração”, disse Fedor Egorov, CEO da empresa de mineração Cryptoreactor.

Já na mineradora Bitriver, que possui 100 megawatts disponíveis, existem 18.000 chips de mineração especializados (ASICs), de acordo com o diretor comercial Dmitri Ushakov.

Segundo ele, os russos têm cerca de 9.000 ASICs no local, os americanos colocaram cerca de 4.000 e o Japão ocupa o terceiro lugar, com cerca de 3.000 ASICs na empresa. O restante de seus clientes é do Brasil, Lituânia, Índia, Polônia e China.

Baseando-se em dados de fabricantes de ASICs, Ozersky estima que as fazendas de mineração de bitcoin em toda a Rússia possuem uma capacidade conjunta de 600 megawatts, o que representa quase 10% do total de 7 gigawatts de energia que suportam a rede de bitcoin em todo o planeta.

Assim, as ruínas do império soviético tornam-se cada vez menos ligadas ao comunismo e mais conectadas à ideais libertários nessa nova fase de produção.

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