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Finanças: 4 opções para diversificar o portfólio e ir além das criptomoedas

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Com o preço do Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas em movimento de baixa nas últimas semanas, muitos investidores estão voltando a pensar na regra básica de diversificação de portfólio para fugir de perdas.

Obviamente, o que não faltam são opções entre os milhares de criptoativos no mercado. Contudo, especialistas aconselham abrir-se para outras possibilidades, já que manter todo o seu capital em apenas um ativo pode ser arriscado.

Um novo relatório da Capital Research, assinado por Felipe Silveira, aponta quatro principais alternativas de investimento para investir no exterior e proteger seu patrimônio. Confira:

BDRs

Os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) são certificados de depósito de valores mobiliários emitidos no Brasil que representam outro título no exterior. Recentemente, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) alterou as regras e ampliou o acesso a BDRs Nível 1, que antes eram acessíveis apenas a investidores qualificados com mais de R$ 1 milhão em aplicações.

Essa opção possibilita que brasileiros possam investir em empresas como Google, Amazon, Facebook ou Tesla, por exemplo, negociando diretamente na B3 aqui no Brasil.

Contudo, essa modalidade de investimentos tem muitas desvantagens, como a baixa liquidez, a variação cambial, os custos tanto na corretagem quanto no pagamento de Imposto de Renda no Brasil e as taxas descontadas pelas intermediadoras.

“Os pagamentos em dinheiro são taxados em 5% pelos bancos que vão intermediar a emissão. E você também paga 0,38% de IOF. Além de que, o dividendo, nos EUA, já é tributado, ou seja, efetivamente, você pagará a mesma coisa para comprar uma ação, mas levará 5% menos”, explica Silveira.

ETFs 

Os ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos de investimentos negociados diretamente no home broker. Para investir em ações do exterior pela B3, há duas possibilidades: o IVVB11 e o SPXI11, ambos de gestão passiva e que replicam o S&P 500, principal índice de ações americanas, com empresas como Microsoft, Apple, Amazon, Facebook, Google e Johnson & Johnson.

Esse tipo de investimento foi classificado no relatório como “fácil, disponível em pequenos lotes e de baixo custo”, e para ter acesso a ativos via ETFs, é preciso apenas ter uma conta em uma corretora brasileira e pagar a taxa de administração, caso o serviço seja cobrado na plataforma.

Para escolher um ETF, deve-se analisar o índice que ele busca replicar, a taxa de administração e a liquidez do ETF. O IVVB e o SPXI replicam o mesmo índicem e possuem taxa de administração muito próximas (0,23% e 0,21%, respectivamente). Assim, a principal diferença é a liquidez, que facilita na hora de vender o ativo sem influenciar muito o preço.

Nesse caso, o IVVB11 sai na frente, com uma média de R$ 49 milhões de negociação por dia, enquanto o SPXI11 tem cerca de R$ 4,5 milhões por dia.

A desvantagem dos ETFs, no entanto, é que não é possível fazer “uma gestão ativa dos seus investimentos no exterior”, ressalta, na qual você escolhe as ações para buscar retornos mais altos que o S&P 500.

Fundos de ações ou multimercados

Para quem busca a gestão ativa e profissional, os fundos de ações ou multimercados podem ser uma boa opção. Disponíveis nas principais plataformas de bancos e corretoras, o acesso a essa opção é facilitado.

No entanto, Silveira ressalta que há poucas opções de fundos, especialmente para pequenos investidores, e as taxas podem ser elevadas, além de haver limitações de investimentos para investidores não-qualificados.

Corretora americana

Por fim, também é possível abrir uma conta numa corretora americana. Atualmente, muitas aceitam investidores não residentes nos EUA e, com a conta aberta, o usuário pode negociar livremente milhares de ativos por diferentes vias, como ETFs e REITs, em alguns casos até com isenção de corretagem, aponta.

Conclusão

Dentre as quatro alternativas apresentadas, o especialista conclui que as melhores opções para quem deseja ampliar seus investimentos negociando no exterior é investir em ETFs e utilizar corretoras gringas, pelo baixo custo e a diversidade de ativos, mas vale ressaltar que só você pode avaliar qual opção melhor se encaixa nos seus objetivos.

Fundada em 2019, a Capital Research pertence ao grupo Red Ventures e se tornou a primeira casa de análises 100% gratuita do Brasil em junho deste ano.

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