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Fórmula mágica para ganhar dinheiro? Saiba como funcionam as pirâmides financeiras

Chega ao Brasil grande investigação internacional sobre pirâmides de Bitcoin, entenda

Você já deve ter visto propagandas que prometem investimentos de baixo risco e altos retornos. Oportunidades que parecem até boas demais para ser verdade… E são mesmo!

Se parar para pensar, não é difícil lembrar de um tio ou um conhecido da família que foi vítima de um golpe financeiro. Trata-se da famosa pirâmide financeira, ou Esquema Ponzi.

No Brasil, o nível de educação financeira da população geral é baixíssimo, o que facilita para que oportunistas se aproveitem da situação.

O risco aumenta no caso do Bitcoin e as criptomoedas, que ainda são uma novidade e, por isso, há ainda menos conhecimento geral sobre o assunto.

Se você já conhece as criptomoedas, talvez já tenha ouvido falar de alguns casos como o Minerworld, OneCoin, BitConnect, Kriptacoin, Unick Forex (que está sob investigação), e mais recentemente, o caso da InDeal, cuja Polícia Federal acabou com o esquema piramidal que funcionava em todo o Brasil e que pode ter movimentado mais de R$ 1 bilhão de reais, prejudicando cerca de 55 mil pessoas.

Mas afinal, como funcionam esses esquemas?

Os golpistas normalmente escolhem uma temática de sucesso, como Bitcoin, por exemplo, que tem valorizado muito nos últimos anos.

Em seguida, eles convencem as vítimas a investir em seu esquema, prometendo gerar um retorno de valor alto demais para as condições do mercado.

No entanto, justamente por não entender sobre o assunto e não saber que as taxas de lucro prometidas são surreais, as vítimas caem no golpe e dão, muitas vezes, todo o seu dinheiro aos criminosos.

O problema com os esquemas de pirâmide, é que na verdade eles não se tratam de investimentos, como é prometido, mas sim de redistribuição de dinheiro.

Sendo assim, o dinheiro de novos investidores é repassado para os investidores antigos continuamente.

A pirâmide funciona enquanto houver novos investidores entrando no esquema.

Imagem: Reprodução.

Para atrair cada vez mais investidores, os golpistas fazem muitas propagandas, anúncios na TV, publicam fotos com celebridades, ostentam carros de luxo e coisas do tipo.

O padrão continua até que o esquema deixe de conseguir novos investidores ou quando esses novos investidores deixam de ser o suficiente para sustentar as demandas dos antigos.

É aí que as pirâmides quebram, e isso costuma acontecer durante uma crise econômica ou quando algo dá errado com os fundos. Como resultado, todo o esquema entra em colapso e acaba exposto.

Kriptacoin

Foto: Kriptacoin/Reprodução

Para ilustrar melhor, vamos usar o caso da Kriptacoin como exemplo.

Os golpistas prometiam ganhos diários de 1% aos investidores, que davam seu dinheiro com a promessa que o valor seria investido em uma criptomoeda.

Como bônus, cada vez que um investidor indicasse alguém que aceitasse entrar no esquema, eram prometidos outros 10%.

Havia um marketing pesado sendo investido na pirâmide, tudo para convencer as vítimas a entrar no esquema.

Inicialmente, eram permitidos aos investidores, saques de até R$ 600 — dinheiro vindo dos pagamentos feitos por novos membros. No entanto, os saques passaram a ser semanais e, depois, não foram mais permitidos. A desculpa para a situação era que o sistema havia sido atacado.

Os estelionatários passaram a ameaçar os investidores que reclamavam, argumentando que eles estavam sendo investigados pela polícia por suspeita de envolvimento com fraudes. Cerca de 40 mil pessoas foram vítimas do esquema.

Na maioria dos casos, os investidores lesados não conseguem seu dinheiro de volta, e acabam falidos, mesmo que os donos do esquema sejam presos.

Então, como reconhecer uma pirâmide financeira?

Podemos compilar os fatos acima em alguns critérios simples para reconhecer um esquema piramidal:

O primordial para não cair em um esquema Ponzi, é ter em mente que essa tal “fórmula mágica” não existe.

Todo investimento possui riscos e é preciso estudar muito bem o projeto no qual está investindo e, principalmente, com quem você está confiando suas economias.

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