A CFTC (Commodity Futures Trading Commission) entrou com uma ação hoje, 01 de julho, sobre acusações de fraude e violações de registro, contra Cornelius Johannes Steynberg e a Mirror Trading International Proprietary Limited (MTI).
O órgão americano divulgou em seu twitter a denúncia:
“Declaração de @CFTCjohnson. Em relação ao operador e CEO do pool de commodities sul-africano de cobrança da CFTC com US$ 1,7 bilhão de fraude envolvendo Bitcoin. https://go.usa.gov/xJtXv“
A acusação é pelo envolvimento de Steynberg em um esquema internacional fraudulento de marketing multinível (MMM). É dito que o esquema arrecadou ao todo 29.421 BTC, no valor de mais de US$ 1.7 bilhão.
A agência diz também que Steynberg usou sua empresa MTI no esquema, que durou quase três anos, de 18 de maio de 2018 a 30 de março de 2021.
A ação civil foi ajuizada no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Oeste do Texas.
“A pequena negociação que os réus fizeram não foi lucrativa e eles se apropriaram indevidamente de pelo menos 29.421 Bitcoins aceitos dos participantes”, disse a comissária da CFTC, Kristin Johnson, em um comunicado à imprensa.
“Os fraudadores geralmente aproveitam ao máximo as novas tecnologias, a conectividade global e a percepção da falta de um policial em ação para perpetrar seus golpes”.
As acusações contra Steynberg e MTI são as ações mais recentes tomadas pela CFTC. O órgão comunicou em maio que estava adicionando recursos à sua estrutura para monitorar o mercado de criptomoedas.
No início deste mês, a CFTC apresentou uma queixa contra a Gemini Trust Company LLC, mais conhecida como Gemini, dos irmãos Winklevoss, em 2017.
A CFTC diz que a exchange de criptomoedas fez “declarações materiais falsas ou enganosas” para obter aprovação para seu produto futuro de Bitcoin.
A ação anunciada de hoje ocorre no mesmo dia em que o Departamento de Justiça dos EUA anunciou acusações em quatro casos de fraude (“rug pull”) de NFTs que podem ter custado às vítimas mais de US$ 100 milhões.
Autor da fraude é preso no Brasil
O dono da MTI passou a ser considerado um fugitivo internacional após o início do indiciamento. Steynberg é cidadão da República da África do Sul.
Contudo, ele foi recentemente detido no Brasil, conforme informação no site do Supremo Tribunal Federal (STF), após fugir das autoridades sul-africanas. Steynberg aguarda extradição ao seu país de origem, para responder à acusação de fraude financeira.
Embora a CFTC diga que está buscando a restituição total aos investidores, a agência adverte as vítimas de que as ordens de restituição podem não resultar na recuperação do dinheiro perdido.
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