A exchange de criptomoedas FTX disse que deve US$ 3,1 bilhões a seus 50 principais credores, de acordo com documentos arquivados no sábado no tribunal de falências de Delaware.
Embora o processo não tenha divulgado os nomes das partes envolvidas no rápido desaparecimento da FTX, o documento deixa claro o escopo das perdas potenciais que seus clientes enfrentam.
Os dez principais credores da FTX sozinhos têm mais de US$ 100 milhões cada um em reivindicações não garantidas, de acordo com o processo, o que equivale a mais de US$ 1,45 bilhão combinados.
O documento explicava que a dívida não envolve nada devido a pessoas de dentro da empresa e está sujeita a alterações à medida que mais informações forem disponibilizadas.
A FTX deve ao seu maior credor pouco mais de US$ 276 milhões e seu quinquagésimo maior credor cerca de US$ 21 milhões.
No entanto, o pedido pode estar apenas arranhando a superfície do que a corretora falida deve, já que a empresa explicou na semana passada que poderia ter mais de 1 milhão de credores.
O terceiro maior credor não identificado está listado no processo como devendo US$ 174 milhões.
Embora não confirmado, o número se alinha com o que o credor de criptomoedas Genisis divulgou há 10 dias, que tinha US$ 175 milhões em fundos bloqueados em sua conta de negociação da FTX.
Um aviso anexado ao arquivamento de sábado explica que a empresa, sob a gestão do novo presidente-executivo da FTX Global, John J. Ray III, baseou os totais em informações que podem ser visualizadas, mas não acessíveis.
Ele afirmou que a empresa ainda não conseguiu obter acesso total aos dados do cliente.
A empresa também afirmou na moção que seus números de dívida podem não ser totalmente precisos porque pode haver pagamentos que já foram feitos aos credores, mas não estão refletidos nos livros ou registros da empresa.
Antes desses últimos arquivamentos, uma moção relacionada foi arquivada para redigir ou reter informações sobre quem são os credores da FTX e suas informações pessoais.
A moção afirma que divulgar o nome de certos credores pode alertar empresas predatórias.
“A divulgação pública da lista de clientes dos devedores poderia dar aos concorrentes dos devedores uma vantagem injusta para contatar e roubar esses clientes e interferiria na capacidade dos devedores de vender seus ativos e maximizar o valor de suas propriedades no momento apropriado”, afirmou.
A moção também mencionou que a FTX não rastreou as informações do cliente de uma forma que tornasse totalmente clara a avaliação de quem era devido.
“Os devedores historicamente não mantinham livros e registros apropriados, e os devedores estão atualmente trabalhando para acessar certas fontes de dados e registros que estão indisponíveis no momento.”