A cofundadora da Tezos, Kathleen Breitman, criticou recentemente as Organizações Autônomas Descentralizadas (DAO).
Um DAO é uma estrutura de negócios construída na tecnologia blockchain onde os indivíduos se reúnem para tomar decisões por meio de contratos inteligentes – seja financiando startups ou comprando NFTs.
Breitman afirmou que um DAO pode evoluir rapidamente para um membro assumindo uma participação maior no processo de tomada de decisão do que seus pares.
“Se você não tem nenhum tipo de maneira de impor algoritmicamente ou programaticamente as decisões tomadas pelo grupo, você acabará trocando apenas um personagem gregário por outro”, afirmou.
“Essa não é uma maneira de governar nada.”
Inserir a descentralização na estrutura de um projeto Web3 é a chave para sua longevidade, disse Breitman.
Ela explicou que a aplicação de decisões programaticamente por meio de votos com o ecossistema Tezos manteve as pessoas envolvidas.
“Como na verdade há uma consequência para o seu voto, e não é apenas uma caixa de sugestões, as pessoas são automaticamente empoderadas”, disse ela.
“Acho que é esse empoderamento que realmente leva as pessoas a se envolverem no processo.”
As atualizações do protocolo Tezos apresentadas pelos desenvolvedores são aprovadas em votos por pessoas que possuem a criptomoeda.
O sistema é construído de forma a evitar que seja suscetível a um hard fork, que acontece quando uma atualização controversa para uma rede blockchain faz com que ela assuma dois caminhos separados, como o que aconteceu com o Ethereum e o Ethereum Classic.
Tezos é a 46ª criptomoeda classificada por capitalização de mercado.
Breitman afirmou que muitos projetos na Web3 estão envolvidos no “teatro da descentralização”.