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Gemini vai passar a cobrar taxas de saque para tokens da rede Ethereum

Como resultado de cada vez mais pessoas utilizando a rede do Ethereum, as taxas de transação da altcoin ficam cada vez mais altas. Sendo assim, exchanges que tinham políticas de cobrir esses custos, não estão arcando mais com os mesmos. 

O exemplo mais recente é a exchange de criptomoeda Gemini. A empresa dos irmãos gêmeos Winklevoss passará a cobrar uma taxa de saque para todos os tokens emitidos no blockchain da plataforma de contratos inteligentes. 

Nesse cenário, até mesmo o Ethereum passará por cobranças de saque. O processo começará na próxima quarta-feira (15), segundo o comunicado que a Gemini mandou por e-mail para seus clientes. 

Até o momento da escrita do artigo, o comunicado não foi feito oficialmente. No entanto, diversos usuários da plataforma utilizaram as redes sociais para mostrar o print que receberam do e-mail. 

“A exchange Gemini não fornecerá mais saques gratuitos de criptomoedas”, comentou a conta do Watcher.Guru. O perfil também compartilhou uma imagem do documento, que cita as novas taxas “dinâmicas” para todos os tokens ERC-20.

Outro suposto cliente que demonstrou revolta foi o usuário @0xBotwin. 

“A Gemini não fornecerá mais saques gratuitos de cripto para que seja mais difícil para as pessoas pobres obterem seu dinheiro”.

Indo mais profundo na teoria, o usuário do Twitter @trytbbvoyslf disse que as medidas da Gemini podem indicar preocupações políticas. 

“Eles perceberam que as regulamentações estão chegando”, postou.

De acordo com a página da Gemini, qualquer alteração de taxas será informada pelo menos três dias antes de sua efetivação.

“Qualquer alteração em nossa tabela, incluindo ajustes em quaisquer níveis ou taxas, será enviada por e-mail e/ou publicada no mínimo três dias corridos antes que essas alterações entrem em vigor”.

Exchange Gemini é processada por roubo de US$37 milhões

Esse não é o único movimento negativo que a Gemini vem passando nos últimos dias. Um forte processo que a exchange vem enfrentando é o da IRA Financial Trust A fintech, que é especializada em fundos de aposentadorias. 

De acordo com a fintech, a corretora é responsável pela perda de US$37 milhões de um hack que ocorreu em fevereiro deste ano. A empresa alega que os protocolos de segurança supostamente falhos da corretora levaram à drenagem das contas de seus clientes.

Segundo o IRA Financial, a Gemini falhou em proteger os ativos de seus clientes com uma série de medidas de segurança que falharam quando os ladrões exploraram a chave mestra do provedor no início de fevereiro.

“O IRA aprendeu desde então – da maneira mais difícil, como explicado abaixo – que quem possui a chave mestra pode ignorar todas as supostas proteções de segurança”, diz a queixa. 

“A Gemini nunca informou o IRA sobre o poder dessa chave mestra”.

Além disso, a Comissão de Futuros de Commodities dos EUA, ou CFTC, também tem a exchange como um alvo.  A agência registrou uma reclamação contra a empresa, por conta de “declarações de materiais falsas ou enganosas”, em um documento de 2017. Isso porque a Gemini teria utilizado esses dados para conseguir a aprovação de seu produto de futuros de bitcoin (BTC).

“Esta ação de fiscalização envia uma forte mensagem de que a Comissão agirá para salvaguardar a integridade do processo de supervisão do mercado”, disse a diretora interina de fiscalização da CFTC, Gretchen Lowe, no comunicado.

Nessa arena a Gemini afirma sua inocência.

“A Gemini tem sido pioneira e proponente de uma regulamentação cuidadosa desde o primeiro dia. Temos um histórico de oito anos pedindo permissão, não perdão, e sempre fazendo a coisa certa. Estamos ansiosos para provar isso definitivamente no tribunal.”

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