Com o mercado de criptomoedas em alta, golpistas estão voltando suas atenções para o bitcoin (BTC) e as altcoins. Eles estão fazendo de tudo para tirar dinheiro dos investidores e uma das formas encontradas para isso é a criação de tokens falsos. Dessa vez, o alvo foi a FTX.
A exchange de criptomoedas entrou em falência em novembro de 2022, e seu estado lamentável fez com que seu token, FTT, perdesse quase toda sua capitalização de mercado. No entanto, em 2023, a altcoin passou por um crescimento de mais de 100%. Além disso, o atual CEO da plataforma cripto falida anunciou que há a possibilidade de a FTX voltar às suas operações.
Sem dúvidas, essa fala foi um dos assuntos comentados da semana e trouxe a atenção dos golpistas, que decidiram criar o token FTX 2.0 representando a exchange colapsada.
Segundo a análise da a empresa de segurança blockchain PeckShield, os golpistas enviaram tokens falsos para a companhia fundada por Sam Bankman-Fried (SBF). O objetivo desse envio era fingir a adição de liquidez, antes de enviá-los para outras exchanges de criptomoedas.
Como resultado desse movimento, os investidores iriam clicar em links fraudulentos que esgotam ou queimam os saldos de suas contas. Outra descoberta da PeckShield é que o contrato inteligente do FTX 2.0 possui funções de “backdoor” que permitem que os fraudadores manipulem os saldos das contas dos usuários.
Este não é o primeiro caso de golpistas se aproveitando de oportunidades no espaço cripto, especialmente através de falsos airdrops.
No ano passado, houve relatos de fraudadores que se passavam por desenvolvedores da exchange descentralizada (DEX) PancakeSwap enviando e-mails para traders de criptomoedas, oferecendo airdrops no valor de mais de US$12.000.
A intenção era atrair usuários desavisados a clicar em links de phishing que drenariam seus saldos de carteira. Sendo assim, é importante que os investidores sejam cautelosos e verifiquem a autenticidade das ofertas antes de participar.
A queda da FTX
Essa semana, o mercado de criptomoedas observou a Genesis, credora cripto, entrar com um pedido de falência. Isso ocorreu logo após ela perder cerca de US$175 milhões depositados na FTX. Contudo, a empresa não foi a única afetada por um dos maiores escândalos da indústria blockchain e nem deve ser a última.
De acordo com o relatório de revisão do ano de 2022 da CryptoCompare, o mercado ainda está se recuperando do impacto do colapso da FTX, visto que a empresa estava associada a várias outras companhias.
Apesar disso, o incidente destacou a importância de se criarem projetos sustentáveis nessa indústria. A CryptoCompare prevê que em 2023 haverá uma tendência crescente em projetos que buscam a sobrevivência através da preservação de caixa e construção de aplicativos com produto de mercado adequado, em vez de iniciativas de marketing e imitações.