Michael Saylor, fundador da MicroStrategy, a maior detentora corporativa de bitcoin do mundo, concedeu recentemente uma entrevista à CNBC. Na ocasião, Saylor afirmou que os grandes bancos devem se tornar custodiantes do ativo digital.
Saylor afirmou:
“Para que a indústria migre para o próximo nível, precisamos migrar para a supervisão de adultos. Precisaremos que os grandes bancos se tornem os custodiantes das criptomoedas – precisaremos que Wall Street assuma um papel.”
De fato, Saylor está correto ao afirmar que custodiantes centralizados serão necessários para que o Bitcoin alcance o “próximo nível”. Isso ocorre pois o Bitcoin não pode escalar de maneira soberana para bilhões de pessoas, visto que a blockchain da criptomoeda não pode lidar com muito mais que 200 milhões de transações por ano.
O mundo conta atualmente com 8 bilhões de pessoas. Como consequência, demoraria cerca de 40 anos para que cada pessoa realizasse uma transação na camada de custódia. Logo, caso o Bitcoin continue sendo adotado globalmente, apenas uma pequena parcela da população e das empresas terão acesso à camada base da criptomoeda.
Quando perguntado sobre outras criptomoedas, Saylor afirmou que o bitcoin é “único”:
“Bitcoin é um ativo sem emissor. É o único protocolo universalmente reconhecido que é uma commodity neste espaço.”
No entanto, Saylor está incorreto ao afirmar que o bitcoin é a única commodity (ativo sem emissor) do mercado. Existem outras opções de criptomoedas com alta liquidez, como Monero e Bitcoin Cash, que em muitos aspectos são superiores ao próprio Bitcoin.