Um relatório do Google Threat Horizon publicado no início desta semana levantou preocupações sobre contas em nuvem hackeadas sendo usadas para minerar criptomoedas.
“Atores mal-intencionados foram observados realizando mineração de criptomoedas em instâncias comprometidas da nuvem”, disse o relatório.
O documento acrescentou que, de 50 exemplos recentes, 86% dos casos mostraram que os hackers estavam minerando criptomoedas com as contas.
O relatório, publicado pela Equipe de Ação de Segurança Cibernética do Google, pretende “fornecer inteligência acionável que permita às organizações garantir que seus ambientes de nuvem sejam mais bem protegidos”, disse o Google.
De acordo com o relatório, os dois objetivos comuns por trás dessa atividade envolvem “obter lucro” e “aumentar o tráfego”. Outras ameaças cibernéticas identificadas incluem malware, hospedagem de conteúdo não autorizado na Internet, spam e lançamento de bots DDoS.
O Grupo de Análise de Ameaças do Google emitiu alarmes semelhantes no mês passado, quando alertou que hackers invadiram contas do YouTube para espalhar fraudes de criptomoedas.
“O nome do canal, a imagem do perfil e o conteúdo foram todos substituídos pela marca da criptomoeda para se passar por grandes empresas de tecnologia ou criptomoeda”, disse o Google na época.
O Grupo acrescentou que os hackers transmitem vídeos ao vivo que prometem brindes de criptomoedas em troca de contribuições.
“Os atores por trás dessa campanha, que atribuímos a um grupo de hackers recrutados em um fórum de língua russa, atraem seu alvo com falsas oportunidades de colaboração”, acrescentou o Google.
No início deste ano, descobriu-se que o arranha-céu mundialmente famoso da Rússia – Vostok – abrigava uma infinidade de atividades cibercriminosas no coração de Moscou.
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