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Indeal: Coronel é investigado pela PF após fornecer informações sigilosas para a empresa

Quase 5 meses após a PF deflagrar a Operação Egypto, que desmanchou o tramite de pirâmide financeira da empresa Indeal, foi revelado que policiais civis e Coronel da Brigada Militar (BM) estão sendo investigados por envolvimento no esquema.

De acordo com informações da Gauchazh o Coronel Régis Rocha da Rosa, da Brigada Militar (BM), foi acusado de passar informações sigilosas para empresários investigados da Indeal.

A advogada dos sócios entrou em contato com o Coronel solicitando ajuda alegando que os sócios estavam sofrendo ameaças de extorsão de um escrivão da Polícia Civil, por estarem em uma lista de suspeitos investigados que poderiam ser presos.

O Coronel efetuou a pesquisa no Sistema de Consultas Integradas, onde constatou que os membros da Indeal estavam isentos de suspeitas.  A pesquisa que foi feita inicialmente como um favor “para uma advogada que conhece há mais de 15 anos”, como o mesmo alegou, porem em investigação, constatou-se que o favor custou um investimento de R$10 mil na plataforma Indeal.

O coronel disse ao delegado da PF que “pensou que seria uma boa opção investir, inicialmente, R$ 10 mil na empresa para ver se a mesma funcionava de forma correta”

Regís assumiu ter acessado o banco de dados, porem apenas na intenção de descobrir quem eram os policiais envolvidos nas ameaças e se defendeu dizendo que devolveria o valor que foi investido na empresa em seu nome. Porem segundo informações coletadas pela PF em conversas entre sócios da Indeal o valor de R$10 mil é indicado como o um pagamento de serviço.

Dois policiais civis seguem sendo investigados, por extorsão dos sócios da Indeal, que acabaram sendo presos em maio. Suas identidades não foram divulgadas, pois o processo ainda está em andamento e os seus depoimentos ainda não foram coletados.

Entenda

Os clientes da Indeal, que é suspeita de operar pirâmide financeira, estão sem receber desde que a Justiça bloqueou os fundos da empresa em decorrência da Operação Egypto, que prendeu todos os envolvidos no esquema em maio deste ano.

Antes disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já havia proibido a empresa de captar recursos de terceiros para investimento no mercado de criptomoedas e prometer retorno de, pelo menos, 15% no primeiro mês de aplicação sem autorização do Banco Central.

Apesar das promessas de investimento em moedas digitais, que podem ter captado cerca de R$ 1 bilhão para o esquema, a operação revelou que o dinheiro era aplicado em fundos de renda fixa.

Inicialmente, eram 19 acusados de envolvimento no esquema, mas apenas 15 suspeitos foram oficiados.

Recentemente o criptonizando noticiou que Uma decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) aponta que a InDeal, empresa que operava sem autorização do Banco Central nem da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cometeu evasão de dívidas no valor de R$ 128.304.360,54.

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