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Índia concorda em reduzir dependência do dólar

Legislação que proíbe "criptomoedas privadas" causa confusão na Índia

O governo da Índia está introduzindo novos métodos de liquidação além do dólar americano para o comércio internacional. A nova orientação, implementada em 1º de abril, inclui uma nova opção de liquidação de pagamentos em rúpias indianas, dando aos países que enfrentam problemas para adquirir dólares uma maneira de continuar negociando com a Índia.

A nova diretriz seria direcionada para ajudar países como Sri Lanka, Bangladesh e Egito, que enfrentam dificuldades para obter dólares americanos para continuar trocando mercadorias com a Índia. 

O secretário de Comércio, Sunil Barthwal, afirmou que essa medida ajudaria a proteger esses países contra a falta de liquidez do dólar.

O Departamento de Comércio da Índia explicou que esse novo plano de política de comércio exterior foi concebido para “trabalhar no sentido de tornar a rupia indiana uma moeda global, acrescentando mais impulso à emergência da Índia como centro comercial global”.

A Índia é o último de uma fila de países que colocaram em marcha algumas iniciativas para evitar o uso de dólares americanos, pelo menos para acordos internacionais. A China, que faz parte do bloco BRICS, que também é integrado à Índia, Brasil, Rússia e África do Sul, também vem promovendo o uso do yuan chinês como parte de uma política internacional de desdolarização.

Na reunião que o presidente chinês Xi Jinping e o presidente russo Vladimir Putin realizaram como parte da visita de Xi à Rússia em 21 de março, Putin apoiou o uso do yuan chinês para liquidar pagamentos com economias emergentes na Ásia, África e América Latina. 

Além disso, mais recentemente, a China fechou um acordo com o governo brasileiro para se livrar do dólar em seus acordos bilaterais, substituindo-o por moedas nacionais.

Outros blocos também estão contemplando diferentes maneiras de diminuir sua dependência do dólar americano. A ASEAN, Associação das Nações do Sudeste Asiático, bloco que integra Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã, está pressionando seus membros a usar moedas nacionais para pagamentos.

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