A Índia está tendo discussões detalhadas com outros membros do G20 sobre a formação de um procedimento para regular os criptoativos, revelou o ministro das Finanças indiano, Nirmala Sitharaman.
Ele também pediu “uma abordagem coordenada globalmente sobre a regulamentação de criptoativos” durante sua recente reunião com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.
Sitharaman explicou:
“Seja mineração ou seja o ativo ou seja a transação, reconhecemos que é muito, quase completamente, impulsionado pela tecnologia e o esforço de um país autônomo em controlá-lo ou regulá-lo não será eficaz”.
Ela adicionou:
“Há um consenso em evolução e é por isso que no G20 estamos levantando essa questão e tendo discussões detalhadas com os membros para que um protocolo operacional padrão [SOP] surja após as discussões.”
O Grupo dos Vinte (G20) é formado por Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Coreia do Sul, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos, e a União Europeia.
Os membros do G20 representam cerca de 85% do PIB global, mais de 75% do comércio internacional e cerca de dois terços da população mundial.
O ministro das Finanças indiano disse ainda ao parlamento que o objetivo das discussões com outros membros do G20 é ter “uma abordagem coerente e abrangente em que todos os países trabalhem juntos para trazer alguma regulamentação”.
Sitharaman também disse a repórteres no sábado que a questão da regulamentação dos criptoativos será abordada nas reuniões do G20 sob a presidência da Índia.
“Estamos falando com todas as nações que, se a regulamentação precisa ser estruturada, um país não pode elaborá-la sozinho. Então, estamos falando a todos para formar um procedimento operacional padrão para que seja eficaz.”
As declarações de Sitharaman seguiram sua reunião virtual com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, na quinta-feira, onde ela discutiu o papel do FMI e de outras organizações internacionais relevantes “para desenvolver uma abordagem coordenada globalmente sobre a regulamentação de criptoativos”.